Calendário do vazio sanitário da soja em Goiás é tema de discussão


















O calendário do vazio sanitário da soja em Goiás, mais uma vez, foi tema de discussão entre produtores rurais e representantes da cadeia produtiva, na última terça-feira (16), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). Representantes da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO) e da Faeg participaram da reunião de trabalho.

A antecipação do fim do vazio para 15 de setembro é uma demanda recorrente de produtores do extremo Sudoeste goiano. Eles defendem a padronização do calendário de plantio com o Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul – que são autorizados a plantar a partir de 16 de setembro – como forma de anteciparem a semeadura da safrinha de milho. Também no Sudoeste, há produtores que solicitam o início do plantio ao menos na última semana de setembro para aproveitar as chuvas que venham a ocorrer nesse período.

Para resolver a demanda de toda a cadeia, foi proposta a criação de uma Comissão Consultiva que analisará possíveis alterações nos vazios sanitários vigentes em Goiás para a soja e também para as culturas do feijão e algodão. Esse grupo deve ser formado por representantes do setor produtivo, órgãos de pesquisa (Embrapa e Universidades), Ministério da Agricultura e Agrodefesa. A intenção é que os resultados sejam apresentados no início do próximo ano. Portanto, nada muda para a safra 2016/17, permanecendo o dia 30 de setembro como data final do vazio sanitário da soja e 1º de outubro como o início do plantio da oleaginosa em Goiás.

Segurança

De acordo com o presidente da Agrodefesa, Arthur Toledo, há um entendimento científico estadual e nacional sobre a necessidade de se respeitar o período de 90 dias sem plantas de soja no solo como forma de reduzir a pressão de pragas e doenças, principalmente a ferrugem asiática. Arthur lembrou que a medida mais eficiente de combate à ferrugem asiática é o vazio sanitário, pois os fungicidas vêm perdendo sua eficácia de forma muito rápida. Ele também reafirmou a importância de se controlar a soja tiguera: “Quando o fungo se reproduz e não encontra uma folha de soja, ele morre em sete dias, mas quando encontra uma folha, ele só morre em 54 dias”.

O presidente afirmou que o vazio sanitário é uma política nacional de natureza científica e climatológica. Na comparação com outros Estados, ele disse que o modelo vigente em Goiás é o mais completo e vitorioso, porque não houve sucessivas mudanças. Para ele, as medidas tomadas devem beneficiar a maioria dos produtores. “Enquanto a perda for maior que o ganho em afrouxar a medida, a regra deve ser mantida.”

Estiveram presentes na reunião, o presidente da Comissão de Grãos, Fibras e Oleaginosas da Faeg, Flávio Faedo; deputado federal, Heuler Cruvinel; Superintendente da Agricultura da SED, Antônio Flávio; representantes da Comiva, Conab, Agopa e produtores das principais regiões produtoras do estado.

Texto: Com informações da Assessoria de Imprensa da Aprosoja / Foto: Larissa Melo

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo