Superintendente pede engajamento da sociedade no combate à violência contra a mulher
A superintendente da Mulher e da Igualdade Racial da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), Rosi Guimarães, pediu o engajamento da sociedade no combate à violência contra a mulher. Ela participou, na manhã desta quinta-feira, dia 6, do radiojornal O Mundo em Sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM. Na oportunidade, Rosi falou sobre os primeiros resultados do Pacto Goiano pelo Fim da Violência contra a Mulher, que foi lançado pelo Governo de Goiás em novembro último.
O Mundo em sua Casa foi apresentado por Gil Bomfim e Augusto César, e contou com a participação da jornalista Mirelle Irene. Rosi Guimarães solicitou que os goianos baixem em seu celular o aplicativo Goiás Seguro, da Secretaria de Segurança Pública, que inclui o serviço Maria da Penha. Por meio dele, em caso de violência contra a mulher, a viatura da Polícia Militar mais próxima do caso é acionada e pode atuar com celeridade, explicou. “Estamos usando a tecnologia a nosso favor”.
A superintendente destacou que, com o lançamento do Pacto, foi dado o seguinte recado no Estado: “em briga de marido e mulher, o Governo de Goiás vai meter a algema, e não a colher”, disse, fazendo uso de um trocadilho. Isso em casos de violência contra o sexo feminino.
Sala Lilás
Também resultado do Pacto foi a criação da Sala Lilás, dentro do Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia. Trata-se de uma sala diferenciada, onde mulheres agredidas, assim como jovens e adolescentes vítimas de violência sexual, passam por um atendimento personalizado feito por profissionais mulheres. E recebem também acolhida, apoio psicólogico e incentivo para continuarem com os processos. Até o momento a Sala Lilás do IML da capital já registrou 89 atendimentos. Rosi informou que a próxima Sala Lilás será instalada também no IML de Luziânia, que foi recém inaugurado. E outras salas semelhantes serão criadas nas maiores cidades goianas.
Rosi Guimarães citou ainda o Projeto Maria da Penha nas Escolas, uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social com a Secretaria de Educação (Seduc), Tribunal de Justiça do Estado (TJGO), Ministério Público e Defensoria Pública. O objetivo é capacitar os professores para que eles atuem junto aos estudantes do ensino fundamental e médio. E assim possam atuar em casos de violência na sala de aula, contribuindo para formar jovens dentro de uma nova perspectiva de respeito (às mulheres).
Outra ação do Pacto é a criação de grupos reflexivos para autores de violência doméstica. Eles são compostos por 15 homens com histórico de violência contra a mulher, que são encaminhados pelo Tribunal de Justiça do Estado. Segundo a superintendente, esses homens são atendidos por uma equipe multidisciplinar – psicólogo, assistente social, e advogado – com uma metodologia pedagógica.
Em 15 encontros vai sendo trabalhada a descontrução das ideia do machismo e do patriarcado. Ao fim dos encontros, disse, esses homens saem com uma nova postura. “Pretendemos capacitar profissionais para podermos formar grupos de reflexão em outras cidades que têm Juizados Especiais”, afirmou.
Da ABC Digital