Socioeducativo de Goiás receberá sistemas de informática de São Paulo para auxiliar na reestruturação pedagógica
Em reunião com representantes da Fundação Casa, do governo paulista, secretária Lúcia Vânia (Seds) debate melhorias que já foram ou que serão adotadas para transformar unidades goianas em verdadeiros centros de ressocialização
Titular da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), responsável pelo Sistema Socioeducativo do Governo de Goiás, Lúcia Vânia recebeu, nesta terça-feira (8/12), representantes da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), que em São Paulo é vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania. O objetivo foi a troca de informações de experiências promovidas no sistema paulista, que é referência nacional em socioeducação, para auxiliarem no aprimoramento da reestruturação pedagógica pela qual passa o goiano.
Em janeiro deste ano, Lúcia Vânia visitou, em São Paulo, a sede da fundação e quatro centros de atendimento na capital, para conhecer um pouco da rotina da medida socioeducativa, as normas de conduta e convivência e as atividades que os adolescentes realizam nos centros.
“O que propusemos para o socioeducativo goiano foi garantir o cumprimento efetivo dos direitos dos adolescentes em conflito com a lei, de forma protetiva e inclusiva, para dar a eles oportunidades de, no período em que tiverem sob responsabilidade do Estado, terem acesso a saúde, educação, convivência, lazer e profissionalização”, observou Lúcia Vânia.
O chefe de gabinete da Fundação Casa, Maurício Correia, que recepcionou a secretária em sua visita a São Paulo, ressaltou que o projeto de Lúcia Vânia tem a mesma filosofia do paulista, que em 2006 iniciou um processo de descentralização e reduziu consideravelmente os problemas enfrentados pela antiga Febem.
“Foi criado em São Paulo um processo interno que mudou totalmente os protocolos de atendimentos aos adolescentes e seus familiares. E o mais importante, construímos uma agenda pedagógica para o adolescente”, disse Maurício.
Ele garantiu à secretária que, além de outras parcerias, o socioeducativo paulista poderá ceder os sistemas de informática que são usados na gestões financeira, administrativa e pedagógica de lá. “Vamos consultar, assim que chegarmos lá, como formalizar isso, a viabilidade e as adaptações necessárias.”
Assim como foi iniciado em Goiás, o modelo paulista promove, junto com a formação escolar, a profissionalização dos adolescentes durante o período de socioeducação. “A proposta é de que o adolescente tenha pelo menos um diploma em curso profissionalizante, no caso dos que ficam sete meses. Para os que ficam três anos, é de pelo menos dois diplomas. Além disso, o adolescente tem que sair de lá com a idade-série corrigida”, explicou Maurício.
Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) – Governo de Goiás