Campanha alerta para os perigos do tráfico internacional de pessoas

Desde o final de janeiro, a Polícia Federal está anexando aos passaportes um folder informativo com alertas para os riscos do tráfico de pessoas. O objetivo é levar aos cidadãos informações antecipadas à viagem ao exterior sobre os perigos da ação de grupos organizados do tráfico internacional de pessoas.

Goiás é um dos sete estados que estão recebendo a campanha, numa ação conjunta da Coordenação-Geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes (CGETP) do Departamento de Migrantes (DEMIG) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e do Serviço de Repressão ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes da Polícia Federal.

Entre os alertas da campanha estão alguns sinais de quando a pessoa pode estar sendo vítima do tráfico humano, como ter passaporte ou documentos de viagem em poder de terceiros, não saber endereço de residência, hotel ou local de trabalho para onde vão e não falar com familiares e amigos sobre o assunto.

Entre as medidas preventivas sugeridas na campanha estão duvidar sempre de propostas de emprego fácil e lucrativo, pesquisar sobre o contratante antes de aceitar qualquer proposta e deixar endereço, telefone ou outro contato da cidade para onde viajará.

Além de Goiás, integram a campanha os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Pará, Amazonas e o Distrito Federal. Minas, Rio e São Paulo foram escolhidos em razão da alta expedição de passaportes. O Distrito Federal contém a sede dos órgãos envolvidos.

Já Goiás e Ceará apresentam grande número de denúncias, conforme dados do Disque 100. Os estados do Norte foram incluídos em virtude do fluxo de imigrantes venezuelanos. Em Goiás, a presidência do Núcleo/Comissão Executiva de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NEPT-GO) está a cargo de João Bosco Rosa, superintendente de Direitos Humanos da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds).

Segundo ele, a campanha é importante para auxiliar as pessoas que acabam ficando à mercê de organizações criminosas, com promessas falsas, mas que seduzem. “Muitas das vezes a pessoa fica deslumbrada em conseguir um emprego, uma oportunidade de negócio fora do país e não percebe que está caindo numa cilada. Nossa intenção é intensificar esse tipo de alerta para ajudar o cidadão goiano a evitar essa tragédia humanitária”, comenta.

Governo na palma da mão

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