Arritmia cardíaca: médico do HCN orienta sobre riscos e prevenção
No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, mais de 20 milhões de pessoas sofrem da doença, gerando mais de 320 mil mortes súbitas por ano. Falecimento do jogador de futebol Juan Izquierdo fez com que as buscas na internet sobre a doença aumentassem
O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), unidade do governo de Goiás em Uruaçu, alerta a população sobre os riscos e cuidados necessários para a prevenção de arritmias cardíacas. O assunto ganhou grande repercussão após o falecimento do jogador de futebol uruguaio Luiz Izquierdo, no dia 27 de agosto. O atleta, de 27 anos, teve um mal súbito em campo, durante uma partida contra o time São Paulo e, após socorrido, permaneceu cinco dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da capital paulista, até ter confirmada a morte encefálica decorrente de uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia cardíaca.
No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, mais de 20 milhões de pessoas sofrem da doença, gerando mais de 320 mil mortes súbitas por ano. Segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), só em 2020, por exemplo, 109.556 pessoas morreram por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM). O Ministério da Saúde também aponta um dado crescente ao informar que o número de internações por infarto aumentou mais de 150% no Brasil entre 2008 e 2022.
Conforme explica o médico cardiologista do HCN, André Luiz Soares, as arritmias cardíacas são um conjunto de doenças que alteram o ritmo normal dos batimentos do coração, causando anormalidades na formação ou condução do impulso elétrico a nível das células cardíacas. “Para o coração bater e impulsionar o sangue, é preciso uma contração muscular, que é feita por estímulos elétricos automáticos que temos em nossos corações. Qualquer alteração nesse compasso pode ser considerada uma arritmia. Seria como um instrumento saindo do tom durante a apresentação de uma banda”, pontua.
Cuidados necessários
Segundo o médico, várias arritmias estão relacionadas ao estilo de vida ao longo dos anos. Ele afirma que medidas de cuidado com a saúde são cruciais para evitar danos maiores. “A prática de atividade física regular, controle da pressão arterial, controle da ansiedade, evitar o tabagismo e álcool, ter uma alimentação saudável, sono adequado e consumir menos gorduras, tudo isso pode prevenir arritmias adquiridas”, alerta o cardiologista.
A realização de exames de rotina também é fundamental para descobrir qualquer problema e ter tempo de tratá-lo da maneira correta. A principal orientação é sempre procurar um médico cardiologista para avaliar quaisquer sintomas que sugerem problemas cardíacos. Para prevenir os fatores de riscos, analisar o histórico médico da família em relação às doenças cardíacas e colocar em prática os cuidados orientados por profissionais especializados deve ser sempre a prioridade. “O melhor tratamento é a prevenção, sempre! Procure um cardiologista”, conclui Dr. André Luiz Soares, do HCN, unidade sob administração do Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento (Imed).
Hugo Pereira (texto) / Assessoria de Comunicação IMED e Freepik (foto)