Goiânia foi palco nesse mês de janeiro de uma situação de desastre natural que comoveu toda a cidade. A enchente provocada pelas fortes chuvas que atingiram a capital nesses últimas dias provocaram o alagamento de ruas e imóveis de nove bairros das regiões norte e noroeste, deixando cerca de 700 pessoas desalojadas. Para promover ajuda psicológica aos moradores prejudicados, a Associação Brasileira de Programa de Ajuda Humanitária Psicológica (ABRAPAHP) realiza neste fim de semana, 30 e 31 de janeiro, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), mas uma de suas atividade. A gerente estadual de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Tânia Vaz, representou o secretário Leonardo Vilela no evento.

Segundo a psicóloga e coordenadora da ação, Priscilla Paz, o trabalho tem a objetivo de fortalecer a saúde mental das pessoas envolvidas. “A nossa intenção é amenizar os sintomas de ansiedade, estresse, medo, causados pelo episódio”, destaca ao emendar que o objetivo principal é fazer com que elas voltem sua rotina normal. O local escolhido para o evento, a Igreja Batista do Setor São José, foi usado como abrigo para os moradores que tiveram que sair de suas casas as pressas, sendo um ponto de apoio ao promover ajuda humanitária.

Priscilla ainda lembra que as pessoas que passam por transtornos em situações de catástrofe ficam deprimidas e em estado de alerta o tempo inteiro. “Qualquer chuva já é motivo para pânico”, diz. No evento, pessoas da comunidade tiveram espaço para comentar as situações que viveram. O trabalho contou com 11 psicólogos, além de voluntários.

Tania Vaz lembrou que enchentes trazem doenças graves a saúde pública e que é preciso a intervenção do poder público. A coordenadora também enfatizou que o país está vivendo um quadro epidêmico de doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue e zika. “Após uma enchente é preciso se fazer um monitoramento dos locais que tenham água parada. É muito importante que tenhamos essa consciência”, declarou.

A ABRAPAHP

Foi criada para oferecer assistência focal e breve, com excelência prática, teórica e profissional; as pessoas danificadas por crises, em função de catástrofes naturais e provocadas pelo homem. Desde o início de suas atividades, em 2008, atendeu mais 9.000 pessoas em varias cidades do Brasil, como Blumenau, Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, Santa Maria, dentre outras. Além disto, capacitou em Intervenção em Crises, cerca de 280 profissionais dos locais atendidos.