Prefeito de Anápolis, João Gomes, anunciou nesta terça-feira (29/03), no Parque Ipiranga, em Anápolis, ação ostensiva de combate ao Aedes aegypti que terá o dia “D” marcado para 4 de abril. A cidade será dividida em 10 regiões para que sejam finalizadas em 10 dias as visitas domiciliares em todos os cerca de 134 mil imóveis do município. A cidade está em segundo lugar no ranking de Goiás com o maior número de casos de dengue registrados. Só nas primeiras 11 semanas de 2016, 6.688 casos foram notificados.

A ação em Anápolis contará com apoio da Base Aérea de Anápolis, Corpo de Bombeiros, agentes de saúde e de combate de endemias, do grupo S (SESC, SESI, SENAI), universidades FAMA, UniEvangélica, IFG e escolas, somando mais de 800 pessoas em campo, segundo estimativas dos organizadores,

Carros de som vão percorrer toda a cidade informando a população para que retire o lixo das casas e deixe na porta. “Pretendemos envolver, ainda, todos os 35 mil estudantes de Anápolis. É uma ofensiva contra o mosquito e precisamos fazer acontecer para que todos os imóveis sejam visitados e, após os 10 dias de trabalho, manter o que foi alcançado”, disse João Gomes.

Para o prefeito, o índice de 46,2% de imóveis visitados pela operação Goiás contra o Aedes precisa ser melhorado. “Temos que atingir 100%. Para tanto, vamos chamar toda a sociedade nessa mobilização. Convidaremos a Maçonaria, o Lyons Clube, Rotary, escolas, universidade e igrejas”, garantiu. Eu quero todas as secretarias envolvidas nesse projeto”, completou.

A força–tarefa Goiás contra o Aedes foi deflagrada em Goiás em dezembro do ano passado com decreto de emergência sanitária assinado pelo governador Marconi Perillo. A ação, comandada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Copro de Bombeiros Militar (CBM-GO) e prefeituras municipais consiste em ações locais de visita de casa em casa onde equipes do Corpo de Bombeiros, agentes de saúde e voluntários retiram os focos do Aedes e realizam aconselhamento para prevenção e educação em saúde.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Maria Cecília Brito, só existe uma forma de combater o Aedes: quando o prefeito da cidade assume o comando da operação. “O Núcleo de Vigilância Epidemiológica precisa estar bem-estruturado”, aconselhou Cecília durante palestra no Parque Ipiranga, em Anápolis.

“São primordiais outros quesitos como desenhar a rede de atendimento para assistir todos os pacientes que vierem a adoecer, destruir todos os focos com ações de campo e oferecer diagnóstico laboratorial em tempo hábil”, pontuou. “Temos a dengue que mata, chikungunya dá aposentadoria devido às complicações, e a zika com as consequências muito graves que ela pode trazer. Por isso essa ação é emergencial”, pontuou.

Números

Maria Cecília anunciou que 60% dos casos de dengue no Estado se concentram em Anápolis, Goiânia e Aparecida de Goiânia. Em Anápolis, pela operação Goiás contra o Aedes, já foram visitados cerca de 46% dos cerca de 134 mil imóveis, em uma população estimada em 400 mil pessoas. São mais de 5.000 imóveis fechados que precisam ser visitados.

A força-tarefa já chegou em mais de 3 milhões de imóveis goianos e tem o objetivo de erradicar, até junho, o transmissor das doenças. Anápolis tem hoje 49 mil imóveis visitados, 42 mil trabalhos, 7.210 fechado e 271 com focos.