Seminário define organização da rede de urgência e emergência em Goiás

Saúde estadual abre três dias de Planejamento Regional Integrado, com foco na elaboração de uma das redes mais importantes do SUS: a Rede de Urgência de Emergência, chamada de RU

Setenta e cinco por cento da população brasileira depende do Sistema Único de Saúde (SUS) e de suas redes assistenciais espalhadas em todo território nacional. Em Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), com apoio do Ministério da Saúde, estão discutindo a elaboração da Política Estadual de Urgência e Emergência para os 246 municípios goianos.

O seminário, aberto nesta segunda-feira (08/01), no auditório da Escola Especial da Polícia Civil, terá até dia 10, uma programação ampla com o objetivo de discutir as bases da rede de urgência e emergência (RUE), segundo o Planejamento Regional Integrado (PRI). “Importante que todos se envolvam, aprendam e discutam um tema tão importante para a saúde da população “, disse o secretário estadual da Saúde, Sérgio Vencio, na abertura do seminário.

O titular da SES-GO agradeceu a parceria institucional do Ministério da Saúde com o Governo de Goiás. Ele destacou que há alguns meses a SES-GO planejava realizar o encontro com o objetivo de promover a estruturação da política de urgência e emergência em Goiás. Sérgio Vencio assinalou, também que o Estado tem como referência a rede de urgência e emergência implementada em Minas Gerais, apontada por especialistas e gestores em saúde como a melhor rede dessa área no País.

Maria Caroline Fleury, secretária estadual do Entorno do Distrito Federal, lembrou a importância de priorizar a região do Entorno, que ganhou hospitais como Luziânia e Formosa e este ano, terá o hospital de Águas Lindas em funcionamento. “A regionalização foi muito esperada e com uma rede de urgências implementada, poderá assistir muito mais a população naquele território, assim como nos demais”, disse.

Participaram da mesa o representante estadual do Ministério da Saúde, Lucas Vasconcelos, o presidente do Conselho Estadual de Saúde de Goiás, Walter Monteiro e a presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Patrícia Fleury, que propôs a reflexão do papel de cada ente na composição da RUE. “Precisamos discutir como organizar transporte, regulação e unidades para que o usuário chegue em tempo hábil, em local preparado para acolhê-lo e todos os entes envolvidos são importantes nessa convergência”, pontuou ela.

A gerente das Regionais da SES, Simone Camilo, apresentou dados sobre a construção do PRI em Goiás e a RUE, descrevendo a linha do tempo, legislações e implementações do PRI e também da RUE, para nortear as discussões do seminário. As macrorregiões de saúde de Goiás são a base para as análises dos desafios e soluções na elaboração dessa política, que dará corpo à RUE no Estado.

Organização
O seminário prossegue até quarta-feira (10/01) com a discussão de diversos temas sobre o assunto. Na manhã desta terça-feira, 09/01, o especialista em Medicina de Emergência Rasivel dos Reis Santos Júnior, ministrou palestra sobre Organização da Rede de Urgência e Emergência. Ele acentuou que as redes de urgência e emergência são de extrema importância, pois determinam um acesso e cuidado que devem ser feitos em tempo adequado.

“Então, temos que ter a organização dos pontos de cuidado, de modo a propiciar que as pessoas sejam atendidas rapidamente, porque as doenças tem meta de tempo”, afirmou, dando exemplos de problemas como infarto, AVC, grandes traumas e sepse que devem ser cuidados em tempo adequado para se evitar mortes e complicações evitáveis.

Maria José (texto) e Marco Monteiro (foto)/Comunicação Setorial

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