8ª Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária debate temáticas pertinentes a todas as regiões do país
Realizado pela primeira vez no Centro-Oeste e com apoio da Agrodefesa, o evento busca elencar em seus 18 eixos temáticos questões que necessitam de avanços em todo território brasileiro
Fotos Divulgação Agrodefesa
Goiânia está sediando a 8ª edição da Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária, que ocorre de 04 a 06 de junho, no Centro de Convenções. O evento é realizado pela Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), com apoio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), que buscou trazer para a discussão assuntos que são de interesse de todas as regiões do país, ao englobar 18 eixos temáticos.
Outra inovação desta edição foi o convite estendido ao setor produtivo, para que participasse efetivamente das atividades programadas que envolvem palestras, debates técnico-científicos e apresentação de painéis.
“Levamos essa sugestão de trazer o setor produtivo para dentro da conferência na última edição que participamos. E estamos vendo isso se concretizando neste ano, que somos também os anfitriões do evento”, analisou a presidente da Comissão Organizadora da Conferência, Daniela Rézio.
Para a presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Ana Elisa Almeida, a escolha de Goiás como sede do evento foi muito assertiva.
“Estamos num estado que é exemplo para todo o Brasil sobre a forma como conduz o agronegócio. Temos 18 temáticas simultâneas sendo debatidas, que são de grande interesse, como elucidações sobre a nova lei dos agrotóxicos e ações de combate a ilícitos destes produtos”, exemplificou Ana Elisa.
A Conferência também serve de palco para debates de questões pertinentes às áreas profissionais que englobam a defesa sanitária, como a Medicina Veterinária. Nos dois primeiros dias do evento (04 e 05/06), foi presidida a segunda Câmara Nacional de Presidentes de Conselhos Regionais de Medicina Veterinária, oportunidade que permite a discussão de temas inerentes ao exercício profissional.
“Muitos dos temas que estão sendo discutidos pela Conferência são normatizados pelas nossas resoluções. Portanto, é uma oportunidade interessante de participarmos espontaneamente das discussões que integram a grade de assuntos da Conferência em nossa câmara de presidentes. Foi uma combinação perfeita”, defendeu a presidente nacional do conselho.
O presidente do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária em Goiás (Fundepec), Antônio Flávio Camilo de Lima, defendeu a escolha de Goiás como sede da Conferência Nacional.
“Isso é um reconhecimento da importância de Goiás como estado produtor e destaque em grãos, aves, bovinos e suínos. Também demonstra o interesse e a capacidade da Agrodefesa no desenvolvimento de programas e no seu aprimoramento por meio do compartilhamento de experiências com os demais estados”, enalteceu Antônio Flávio.
Ele também considerou importante a participação do setor produtivo na Conferência voltada à sanidade no campo.
“Uma das ações mais inteligentes é ter incluído o setor nas discussões, porque não se faz defesa agropecuária sem a participação dos órgãos de defesa junto ao produtor. Então, o produtor tem que estar presente, tem que estar consciente de que as ações preventivas vão beneficiar a sua própria produção e o seu acesso ao mercado”, defendeu.
Sanidade pelo Brasil
A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) está presente na Conferência com a participação de 11 profissionais da área técnica, contou o presidente Álvaro Cavalcante. Ele explicou que investiram na participação de profissionais das áreas fins para que eles possam ser disseminadores junto aos demais profissionais da agência, após o retorno.
“É uma experiência única que estamos proporcionando à nossa equipe, de levar práticas positivas que são realizadas aqui em Goiás e nos demais estados, para podermos adotar em um planejamento e na adaptação da nossa realidade local”, explicou Álvaro.
As duas principais temáticas que estão recebendo atenção especial para a realidade do Amapá são relativos aos agrotóxicos, e também sobre o Sistema de Inspeção Brasileiro (SISB-POA). “Viemos colher informações sobre a forma com que ele está sendo implantado em outros estados para que possamos orientar nossos técnicos na melhor maneira para nosso estado, seguindo os critérios do Ministério da Agricultura”, comentou o presidente da Diagro.
O diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Sérgio Menezes, veio com uma comitiva de 30 servidores para obter o máximo de informações sobre os assuntos debatidos, com destaque para as questões de autocontrole do setor produtivo, inspeção na sanidade animal e vegetal e também na nova lei dos agrotóxicos.
“Tenho certeza que avançaremos muito nas questões que viemos buscar elucidar e evoluir junto aos nossos pares”, avaliou.
O diretor executivo da Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), Cristiano Oliveira, veio acompanhado de uma comitiva de 17 pessoas, entre agrônomos e médicos veterinários da agência, para se dedicarem especialmente ao aprimoramento das questões que envolvem a inspeção, a temática dos agrotóxicos e também a questão da rastreabilidade bovina.
“O pessoal da Agrodefesa sempre foi referência na área de defesa sanitária animal e vegetal. É uma instituição renomada e credenciada a comandar um evento desse porte, onde todos vamos aprender muito com suas experiências e a de outros estados”, avaliou o diretor.
O presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), que também preside o Fórum Nacional de Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa), Otamir Martins, considerou valiosa a participação do setor produtivo nas discussões que estão sendo propostas nas mais de 80 palestras oferecidas.
“Vimos que a programação atende muito bem a multidisciplinaridade que envolve a defesa sanitária”, elogiou.
A agência paranaense está presente na conferência com 32 fiscais agropecuários e auxiliares de fiscalização, sendo dois integrantes da equipe participantes como palestrantes. O foco principal do grupo, além das demais questões que estão em evidência, é sobre a rastreabilidade da cadeia bovina e a vigilância ativa em relação ao Greening na citricultura.
O presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastorial de Rondônia, Júlio César Peres, considerou os temas da Conferência pertinentes para subsidiar proposituras junto ao Ministério da Agricultura.
“Nessa reunião nacional conseguimos definir agendas que precisam ser ajustadas junto ao Mapa. Entendo que o Fonesa tenha essa legitimidade. Após a nossa segunda rodada de reuniões conseguiremos reunir em um documento ações que sugerimos para unificar ações que são cobradas nesses diferentes Brasis que habitamos”, avaliou Júlio César.
O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre, José Francisco Thum, está presente na Conferência com oito profissionais em busca de inovações aplicadas no serviço de sanidade animal e vegetal, que possam ser adaptadas à sua realidade, no Norte do país, em plena Amazônia legal.
“Hoje uma grande preocupação é como será feita a implantação da rastreabilidade bovina dentro o prazo estabelecido pelo Mapa, que é relativamente curto para a nossa realidade. É preciso discutir com o restante do Brasil de que forma essa rastreabilidade possa ser viável levando em considerações as questões regionais desse amplo país”, refletiu José Francisco.
Comunicação Setorial da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) – Governo de Goiás