Agrodefesa conclui relatório da 2ª etapa da campanha contra Aftosa
O relatório da segunda etapa da campanha de Vacinação Contra a Febre Aftosa foi concluído no último dia 29 de dezembro de 2016 e encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Goiás vacinou 99,42% do rebanho bovino e bubalino com idades até 24 meses. Durante todo o mês de janeiro o trabalho da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) continua com o arrastão da Aftosa que tem o objetivo de imunizar 100% do rebanho de bovídeos.
Para o presidente da Agrodefesa Arthur Toledo o índice alcançado nesta segunda etapa é considerado excelente. “Mais uma vez, praticamente 100% do rebanho do Estado foi vacinado e declarado no período da campanha. Esta condição garante a manutenção do status sanitário de livre de Febre Aftosa com vacinação”, destaca ele. Arthur lembra que Goiás se mantém entre os Estados brasileiros com o maior índice de vacinação. “Dentre os Estados de mesma estratégia vacinal (vacinação de bovídeos até 24 meses na etapa novembro e todo o rebanho etapa maio), Goiás, até o momento, lidera o ranking nacional entre os estados que informaram o Ministério da Agricultura”, avalia.
O presidente ressalta ainda que a manutenção da efetiva realização da vacinação, com bons índices ao final das etapas, somado à realização da vigilância ativa e passiva de enfermidades vesiculares pelos Fiscais Estaduais Agropecuários no Estado de Goiás, é a constatação de que se está no caminho certo. “É fundamental manter e reforçar os programas e os demais controles oficiais voltados para a saúde dos rebanhos”, acrescenta ele.
O Gerente de a Sanidade Animal, Dr. Antônio Leal, lembra que aqueles pecuaristas que vacinaram, mas não entregaram a declaração de vacinação serão autuados e pagarão uma multa de R$ 60,00 por propriedade, e R$30,00 para os produtores que possuem somente rebanho acima de 24 meses, porém não declararam. Já os que realmente ficaram sem vacinar o rebanho, devem pagar uma multa no valor de R$ 7,00 por cabeça. Estes, receberam ou receberão uma equipe da Agrodefesa que acompanha a vacinação, chamada de vacinação assistida. Caso o criador seja reincidente, a multa fixa é de R$ 120,00 por não declaração da vacinação e paga-se por cabeça o valor de R$ 14,00 por não vacinação.
Para Arthur, a meta para este ano é manter Goiás firme no caminho de proteção dos rebanhos. “Os produtores devem continuar vacinando seus rebanhos, pois assim continuaremos mantendo e ampliando mercados importantes para a carne bovina goiana”, diz.
Zona Livre
Há sempre, por ocasião das vacinações, a discussão sobre a conquista do status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação. O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED) e da Agrodefesa, tem mantido diálogo constante com os pecuaristas. Até o momento optou-se pela manutenção da vacinação, mesmo porque, esta decisão depende da política nacional coordenada pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), coordenado pelo Centro Panamericano de Febre Aftosa (PANAFTOSA) – OPAS/OMS, onde se configura a estratégia para todos os países da América do Sul.
O Presidente Arthur destaca que há aspectos positivos e outros restritivos em relação à medida, e que há um consenso entre os interessados em que o Brasil busque uma solução em bloco, mantendo sempre a melhor estratégia de se evitar a reintrodução da doença nas zonas livres, bem como, qualquer possibilidade de disseminação da mesma.
Assim, o Presidente Arthur enfatiza que a parceria entre a defesa agropecuária e os produtores rurais em Goiás deve se manter forte e alinhada, sempre em busca de um objetivo maior que é o propósito de manter esta cadeia produtiva competitiva e com capacidade de se inserir nos mercados mais globalizados e exigentes.
Texto: Leydiane Alves – Assessoria de Imprensa da Agrodefesa / Foto: Bruno de Pádua