Viva promove oficina de formação para uso do Tabwin na vigilância de violências
Evento realizado em parceria entre SES e MS é uma das ações para fortalecer esse monitoramento, e teve participação de 47 profissionais do âmbito municipal, estadual e regional

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás e o Ministério da Saúde (MS), por meio das coordenações de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes (Viva), promoveram a oficina de formação para uso do Tabwin na vigilância de violências para qualificação dos bancos de dados e das informações referentes às violências interpessoais e autoprovocadas.
O evento, realizado nos dias 1º e 2 de abril, no Centro Universitário Alfredo Nasser (Unifan), é uma das ações para fortalecer ainda mais essa vigilância, e teve a participação de 47 profissionais da área no âmbito municipal, estadual e regional.
O objetivo foi qualificar profissionais das regionais e municípios de Goiás que atuam na vigilância contínua de violências interpessoais e autoprovocadas, para a qualificação do seu banco de dados e melhoria da qualidade da informação, aperfeiçoando o monitoramento das notificações destas violências, possibilitando assim intervenções mais assertivas e oportunas.
Com a qualificação da informação, os territórios terão informações mais robustos para subsidiar gestores na tomada de decisão, de maneira mais efetiva e eficaz, tanto intra quanto intersetoriais. Os profissionais aprenderam a identificar as inconsistências e falta de completitude do banco de dados de registros de violência no Sistema de Informação de Notificação de Agravos (Sinan), bem como monitorar indicadores que possam retratar a realidade das violências nos territórios.
“Os participantes do evento receberam conteúdo que os permitem analisar esse agravo em seus municípios e regionais de saúde, visando, minimamente, elaborar um plano de ação frente ao problema identificado”, avalia a coordenadora da Viva de Goiás, Maria de Fátima Rodrigues, ao reforçar que a educação continuada é uma das prioridades desta gestão.
A mesma oficina será realizada em outros Estados brasileiros, de acordo com a consultora do Ministério da Saúde Cheila Marina de Lima. “O objetivo é qualificar dados e informações que possam sinalizar aos gestores da saúde e de outros setores as intervenções necessárias para reduzir a ocorrência de violências interpessoais e autoprovocadas”, explica. Ela acrescenta que é necessário o esforço de todos para ampliar os serviços de saúde que notificam as suspeitas casos confirmados destes violências.
“A invisibilidade mata e, ao contrário do que muitos pensam, quanto mais temos dados e informações, mais possibilidades de termos políticas públicas que respondem às necessidades das pessoas. Precisamos mudar esse quadro epidemiológico do país e só com conhecimento e informações será possível, numa atuação continua nas três esferas de gestão e com apoio da sociedade”, alerta a consultora do MS.
Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
Foto: Viva/SES-GO