Violência Obstétrica é tema de capacitação no HEMNSL

 A unidade de saúde do Governo de Goiás trouxe orientações aos colaboradores sobre prevenção a  todo tipo de violência contra a mulher 

Uma em cada quatro mulheres brasileiras sofre algum tipo de violência durante o trabalho de parto e o parto, seja por intervenções desnecessárias, abusos físicos, verbais e psicológicos, segundo as especialistas Valéria Mori Machado e Mônica Machado, que ministraram uma palestra sobre o tema na sexta-feira, 13 de maio, no  Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL).

O objetivo foi desmistificar  o assunto, orientar seus colaboradores para um atendimento humanizado, esclarecer as condutas médicas e o direito da gestante.  A advogada Valéria abordou o conceito de violência obstétrica; os princípios bioéticos e direitos das mulheres; os tipos de violência obstétrica e suas consequências como responsabilidade administrativa, sanitária, civil e penal. “Estamos passando por uma mudança cultural e é necessário uma transformação interna para não aceitarmos a violência obstétrica como normal”, ponderou.

Já Mônica Machado falou sobre “Compliance como Ferramenta de Combate à Violência Obstétrica” – função que envolve a conformidade de uma instituição às leis e normas de órgãos regulamentadores. Ela alertou sobre a importância dos profissionais que trabalham na unidade conhecerem a legislação federal e estadual. “O objetivo é monitorar e assegurar que todos os envolvidos estejam de acordo com as práticas de conduta", avaliou a advogada.

Os colaboradores que lotaram o auditório da unidade, elogiaram a direção do hospital por proporcionar uma discussão tão importante. ”Foi uma abordagem maravilhosa. Serviu para nos alertar sobre algumas condutas”, afirmou a psicóloga Nelma Carneiro. “Achei excelente! Muito proveitosa as informações compartilhadas”, pontuou a técnica de Laboratório, Nicolina Oliveira.

Humanização

Vale destacar que o HEMSNL segue protocolos e se empenha para garantir um atendimento humanizado antes, durante e depois do parto. “Como instituição que segue orientações do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde, que segue o conceito que envolve o respeito à mulher, a maternidade deve priorizar o tema violência obstétrica e debatê-lo com seus profissionais para que estes tenham amplo conhecimento sobre ela”, afirmou a diretora operacional, Ana Maria Caribé.

Marilane Correntino (texto e fotos) – IGH

 

 

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