Violência doméstica – paz nos lares é tema de palestra na MNSL

A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) recebeu a fisioterapeuta e vereadora por Goiânia, Cristina Lopes, para palestra com o tema “Violência doméstica – paz nos lares”, ontem, 28 de agosto (segunda-feira). No mês em que é celebrado o décimo primeiro ano da criação da Lei Maria da Penha, a palestrante lembrou o caso de Maria da Penha Maia Fernandes, que deu origem à legislação, e contou sobre sua experiência com a violência doméstica há trinta anos, quando foi violentada por um ex-namorado, resultando em 85% de seu corpo queimado.

“Temos que nos questionar sobre como uma pessoa que diz amar é capaz de bater, de machucar. Precisamos equilibrar os relacionamentos e a ter amor próprio, pois quando nos amamos não deixamos ninguém nos agredir”, destacou a vereadora. A palestrante ainda forneceu números alarmantes sobre a violência à mulher no Brasil. De acordo com ela, a cada uma hora e meia, uma mulher é assassinada no Brasil vítima de crimes domésticos, e a cada 24 segundos, uma é espancada.

“Sou missionária da causa dos queimados e também da violência à mulher. Não quero que aconteça com nenhuma mulher o que me aconteceu, pois sei que não foi uma agressão à minha pessoa, mas ao meu gênero”, ressaltou Cristina Lopes. Violência doméstica contra a mulher é definida como qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada. Segundo a vereadora, é preciso que as pessoas trabalhem nessa causa, pois muitas mulheres são violentadas e não assumem, por vários motivos. Entre eles, o medo; a vergonha; o temor da incompreensão; o sentimento de incapacidade; impotência, tolerância à submissão; razões familiares, econômicas ou religiosas; e até por desrespeito a si próprias.

O Mapa da Violência de 2015 da OMS aponta que, entre 1980 e 2013, 106.093 pessoas morreram por sua condição de ser mulher

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo