Vacina contra Influenza é para quem mais precisa
Secretaria de Estado da Saúde orienta municípios, por meio de cartas, a vacinarem apenas pessoas que fazem parte dos grupos prioritários
A Secretaria de Estado da Saúde começou nessa semana, o envio a todos os municípios goianos, de uma carta alertando sobre a responsabilidade dos gestores municipais de fazerem o uso correto das cotas de vacina que receberam, destinado-as exclusivamente para os grupos prioritários. A SES-GO ainda orienta, por meio do documento, que os municípios iniciem a vacinação imediatamente após receberem a primeira cota da vacina.
A secretaria busca evitar, com isso, que haja uso inadequado da vacina, e que toda a população dos grupos prioritários recebam as doses. “Os critérios de vacinação de Influenza são estabelecidos pelo Ministério da Saúde, que definiu grupos prioritários que são as pessoas mais vulneráveis a desenvolverem agravamentos da gripe”, explica a Superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO Maria Cecília Martins Brito.
Fazem parte do grupo prioritário para vacinação, pessoas com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres que deram à luz em até 45 dias), indígenas, profissionais de saúde, profissionais do sistema prisional, presidiários e adolescentes em cumprimento a medidas socioeducativas. Esses grupos são mais suscetíveis a desenvolverem complicações da gripe. Das mortes registradas em Goiás, 78% eram de pessoas que estavam no grupo de risco e que não haviam sido vacinadas.
Campanha até 20 de maio – Até o momento, foram enviadas pelo Ministério da Saúde para Goiás, 600 mil doses da vacina. Está programado o repasse pelo Ministério da Saúde de 1,6 milhão de doses da vacina até o fim da campanha (20 de maio), quantia suficiente para atender toda a população dos grupos prioritários no Estado.
Em Goiás, 79 municípios anteciparam a vacinação para o dia 12/4, pois no calendário do Ministério da Saúde, o início era previsto para o dia 30/04. Esses municípios já receberam quase metade do total das doses das vacinas que serão utilizadas durante toda a campanha. A informação é da gerência de Imunização da SES.
Com essa quantidade distribuída no primeiro momento, a expectativa é que não falte vacinas nos postos de Saúde até o envio do restante. Entre os municípios que já começaram a campanha estão Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e Catalão.
Goiânia, por exemplo, recebeu 161 mil doses, o que corresponde a cerca de 48% do total que será enviado para a capital até o fim da campanha. A meta é vacinar em todo o Estado 80% da população que integra os grupos prioritários, que correspondem a cerca de 1,5 milhão de pessoas.
“Está programado o repasse pelo Ministério da Saúde de 1,6 milhões de doses da vacina, o que é suficiente para atender as pessoas que integram os grupos prioritários”, ressalta a gerente de imunização do Estado Clécia Vecci.
Ela alerta sobre a responsabilidade do município de promover a aplicação das doses apenas para as pessoas que integram o grupo de risco. “É importante ressaltar que é responsabilidade das prefeituras fazer o uso correto das cotas que receberam exclusivamente para o grupo prioritário, já que não haverá envio de cotas extras”, afirma.
O Ministério da Saúde define os grupos prioritários levando em consideração o risco que as pessoas têm de adoecer e morrer pela influenza. Pessoas saudáveis, fora do grupo de risco, podem ser infectadas pelo vírus, mas o organismo delas possui maior resistência para combater a doença, desde que tratada adequadamente. “Pacientes com este perfil, caso apresentem um quadro de dificuldades respiratórias e febre alta devem procurar atendimento médico de urgência para o combate imediato da doença”, ressalta.
Este ano em Goiás foram confirmados 42 casos de H1N1, com 9 mortes. A informação é do Boletim Mensal da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), relativo ao período de 3 de janeiro a 12 de abril.