Um dia dedicado ao profissional das questões emocionais

Dia do Psicólogo homenageia profissionais que atuam no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças mentais, de personalidade e distúrbios emocionais

Comemorado em 27 de agosto, o dia do Psicólogo homenageia os profissionais que atuam em todo o País no diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças mentais, de personalidade e distúrbios emocionais. O profissional formado em psicologia estuda o comportamento humano, analisando suas ideias, valores e emoções, identificando padrões de comportamento por meio da interação direta com os pacientes.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia existem mais de 344 mil profissionais habilitados em todo o País, atuando em clínicas, hospitais, escolas, centros de reabilitação, empresas e vários outros locais que necessitam da atuação do psicólogo. Em Goiás estão cadastrados no Conselho Regional de Psicologia 9.148 profissionais. Desse total, pelo menos 8 mil são mulheres.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) tem 93 servidores efetivos nessa profissão e dezenas de outros lotados nos hospitais da rede estadual, contratados pelas Organizações Sociais em Saúde (OS) que fazem a gestão dessas unidades. Com uma ampla gama de atuação, apresentamos a seguir o perfil de alguns colaboradores da SES que trabalham para levar mais qualidade de vida aos usuários que buscam atendimento nas unidades da rede estadual.

Prazer em levar mais qualidade de vida às crianças e adolescentes

O psicólogo Ronaldo Celestino da Silva Júnior está na SES há sete anos e começou sua carreira na rede estadual trabalhando no Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI). Atualmente, ele trabalha no Centro Estadual de Atenção Psicossocial e Infanto-Juvenil (Capsi), realizando atendimento ambulatorial em saúde mental para crianças e adolescentes. Ronaldo diz que sente prazer em atuar na unidade, levando mais qualidade de vida a esses pacientes. “No Capsi temos uma proposta de trabalho mais prolongada, acompanhando o paciente e a família e percebendo a evolução do tratamento ao longo do período”, conta. Ronaldo é formado pela Universidade de Brasília (UnB), especialista em Psicologia Junguiana e mestre em Psicologia Clínica.

Ele destaca que a psicologia é uma ciência que pode curar as pessoas, o que o motivou pela escolha da profissão. Ele divide sua jornada de trabalho entre o Capsi e o Centro de Assistência Integral à Saúde do Jardim Novo Mundo (Cais Novo Mundo), em Goiânia, e avalia que o investimento na área acadêmica, cursando especialização e mestrado, permitiu a absorção de mais conhecimento para colocar em prática dentro dos consultórios em que realiza atendimento. “Os caminhos da vida foram me encaminhando para o trabalho no serviço público. Percebi que eu sou um profissional da ponta, do atendimento clínico, e aproveito meu conhecimento teórico no exercício da minha profissão durante os atendimentos”, revela.

Ajuda para minimizar os problemas gerados pela hospitalização

Há dois anos na SES, onde ingressou por meio do processo seletivo da OS que administra o Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (Ceap-SOL), a psicóloga Débora Katiúscia dos Anjos Souza Bezerra realiza atendimento aos pacientes internados e àqueles que realizam tratamento ambulatorial, na psicologia hospitalar da unidade. Formada em 2004 pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Débora é especialista em Terapia Comportamental e em Neuropsicologia e também mestre em Psicologia. Débora Katiúscia acredita que entrou na profissão por gostar de ouvir as pessoas. “Questionei a psicologia por quase todo o período da faculdade em relação à sua eficácia e percebi o quanto é benéfico para qualquer pessoa”, diz.

Ela avalia que a população, no geral, vê a psicologia como uma profissão de aconselhamento, o que na verdade é um erro, pois o real sentido da ciência é ajudar as pessoas a resolverem seus problemas da melhor maneira possível. Para a psicóloga, o trabalho da psicologia hospitalar busca minimizar os sofrimentos que a internação gera no paciente, melhorando a adesão ao tratamento estipulado pela equipe médica e, consequentemente, minimizando os riscos das doenças.

A psicóloga também trabalha no Centro de Referência de Assistência Social, em consultório clínico e ministra aulas para alunos de pós-graduação. “Trabalhar em diferentes áreas da psicologia me torna uma profissional completa, em que desenvolvo diferentes formas de trabalho e auxilio pessoas de diversas maneiras”, conta. Segundo ela, trabalhar com essa ciência pode influenciar significativamente a vida das pessoas e ter responsabilidade durante a atuação profissional é fundamental para o êxito do tratamento. “Conciliar o trabalho psicológico com outras áreas da saúde torna um tratamento mais amplo e mais significativo para a vida dos pacientes”, avalia.

Débora Katiúscia dos Anjos Souza Bezerra – Centro Estadual de Atenção Prolongada e Casa de Apoio Condomínio Solidariedade (CEAP-SOL)

Suporte ao tratamento e fortalecimento dos vínculos familiares

“Uma profissão linda, que visa minimizar o sofrimento psíquico provocado pela hospitalização, prestando assim uma assistência mais humanizada ao paciente, a seus familiares e à equipe.” Assim a psicóloga Larissa Fleury Ferreira da Silva Veloso, de 35 anos, define a profissão que escolheu. Ela formou-se em 2008 pela PUC-GO e, já em 2012, começou a trabalhar no Hospital Estadual de Urgências de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Huapa). Nesses sete anos, atuou em diferentes áreas da unidade. Foi coordenadora por quatro anos e acumula experiência na enfermaria, no pronto atendimento e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Larissa Fleury conta que o trabalho, sobretudo o realizado na assistência, no contato individualizado com a pessoa internada, a faz ter a certeza de que optou pela profissão certa. “Me sinto plenamente realizada por poder amenizar o sofrimento vivenciado pelo paciente.” Ela enfatiza que se sente gratificada por exercer a psicologia dentro de uma unidade hospitalar e acentua que pretende se aperfeiçoar continuamente dentro da sua área de atuação, para que hajam avanços e progressos no desenvolvimento de um trabalho voltado para o compromisso com o sofrimento humano em suas diferentes faces. A atuação no Huapa, conforme diz, se direciona em nível de apoio, atenção, compreensão, suporte ao tratamento, clarificação dos sentimentos, esclarecimentos sobre a doença e fortalecimento dos vínculos familiares. “Quando interna, o paciente traz, além de queixas da doença, outros problemas. Assim, procuramos entender estas situações e contribuir para que o período de internação seja o menos doloroso possível.”

Olhar sensível para gerenciar políticas sobre drogas

Do atendimento clínico e hospitalar ao desenvolvimento de políticas públicas na área de prevenção e cuidado ao uso de álcool e outras drogas. Assim pode ser definida a trajetória profissional da psicóloga Candice Rezende Castro e Macedo, de 38 anos. Em 2019 ela assumiu a Superintendência de Políticas sobre Drogas e Condições Sociais Vulneráveis. A missão, conforme diz, representa um desafio que está sendo comprido com ética, transparência e determinação.

Candice afirma estar imprimindo à função de superintendente toda a experiência positiva que obteve como psicóloga. Formada em 2007 pela PUC-GO, ela trabalhou por mais de 10 anos em estabelecimentos de saúde privados, em consultórios particulares e em unidades públicas, entre as quais o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. Nesse período, atuou em diversos setores, entre eles obesidade, câncer e dependência química.

Enquanto psicóloga, ressalta Candice, procurou contribuir para a superação dos dramas vivenciados pelos pacientes, por meio de terapias individuais e em grupo. “O psicólogo tem um olhar sensível, uma avaliação perceptiva ampla, uma atuação humanizada por excelência”, sublinha. E é justamente essas características, tão marcantes na profissão que escolheu, que Candice pretende utilizar, como subsídios, na gestão das questões relacionadas à droga e à dependência química. As políticas públicas, na avaliação da psicóloga, devem ressaltar a promoção da saúde e da vida, subsidiando os adolescentes e os jovens a encontrarem melhores caminhos que não sejam o uso de drogas.

Candice Rezende Castro e Macedo – Superintendente de Políticas sobre Drogas e Condições Sociais Vulneráveis

 

Felipe Cordeiro e Maria José Silva (texto) e Erus Jhenner (fotos), da Comunicação Setorial

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo