Tecnologia de Goiás no monitoramento do Aedes é referência nacional, diz representante do MS
“De todos os sistemas de informação que conheço no Brasil no combate ao Aedes, o de Goiás é o mais completo”. A fala é do coordenador do Programa de Controle de Dengue do Ministério da Saúde, Divino Martins, e define a impressão que o gestor teve ao conhecer o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) no monitoramento e controle do mosquito Aedes aegypti. O coordenador esteve reunido com equipe técnica da SES no último sábado, 15, no Centro de Informações e Decisões Estratégicas em Saúde – Conecta SUS Zilda Arns Neumann, para conhecer o sistema de informação usado pela SES e para desenvolver parcerias entre o Estado e o Ministério. Divino Martins foi recebido pela gerente Especial de Tecnologia da Informação da SES, Luiselena Luna, pelo coordenador de TI do Conecta SUS, Carlos Tibiriçá, e pelos coordenadores da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), Murilo do Carmo Silva e Marcello Rosa.
Por meio do trabalho desenvolvido no Conecta SUS, o Governo de Goiás conseguiu diminuir em mais da metade o número de casos de dengue no Estado em 2017, em relação ao ano passado. Segundo Martins, a tecnologia usada por Goiás no monitoramento da dengue e das doenças transmitidas pelo vetor é completa, pois contempla informações epidemiológicas, entomológicas e georreferenciadas. “É uma referência e um modelo a ser seguido”, diz.
O representante do Ministério da Saúde conheceu o sistema utilizado pela SES desde agosto de 2016 para o monitoramento dos focos de Aedes aegypti e das ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya no Estado. O modelo é pioneiro e conseguiu reduzir para 0,5% o índice de infestação do Aedes no território goiano. “Em todos os municípios chegamos a índices considerados aceitáveis pelo Ministério da Saúde”, destaca o secretário Leonardo Vilela.
O sistema foi desenvolvido pela Gerência de Tecnologia da Informação (GTI) e pela coordenação de TI do Conecta SUS, em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM-GO), e tem como fundamento o georreferenciamento, a localização exata dos imóveis. O Sistema Integrado de Monitoramento do Aedes Zero (SIMAZ) foi baseado em software open source (código aberto), ou seja, sem custos de aquisição. Isso significa economia, já que outros sistemas com a mesma finalidade têm um elevado custo de aquisição e manutenção. Outro ponto positivo é a possibilidade de desenvolvimento e ampliação de funcionalidades, relatórios personalizados, auditoria e acesso direto à base de dados, controle de acesso e segurança da informação. O SIMAZ possibilita uma visão macro dos municípios, fornecendo informações como, por exemplo, regiões com maior nível de infestação. Com um simples clique também é possível ter acesso aos dados por quadra.
Por meio do SIMAZ são acompanhados os seguintes indicadores: número de imóveis visitados; número de imóveis trabalhados; número de imóveis fechados; número de imóveis com foco; número de imóveis com visitas recusadas; número de imóveis com visitas recuperadas; além das porcentagens de imóveis trabalhados, fechados, com foco e visitas recusadas.