Superintendentes da SES-GO participam de reunião em Brasília

Um dos principais temas debatidos no Conass, na capital federal, foi a planificação das unidades de saúde, no qual Goiás recebeu citação de referência em nível regional

Os superintendentes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) participaram nesta quarta-feira, 24, em Brasília, da quinta assembleia anual do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Entre os temas foi discutida a organização das Redes de Atenção à Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), que teve como um dos focos o papel da Atenção Primária no fomento e apoio do autocuidado dos usuários do SUS. Também foi debatida a regionalização e planificação das unidades de saúde no País, tema em que o Estado foi citado como referência em nível regional.

Representante do secretário Ismael Alexandrino, a superintendente de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS, Luciana Vieira, avaliou a reunião como uma oportunidade de fortalecimento da nova gestão da SES-GO. “É um espaço importante de debate, para identificar as necessidades  e propor soluções em conjunto”, acrescentou. Na ocasião, foi discutido ainda o fortalecimento e ampliação das escolas de saúde. “Ter o apoio e a consultoria do Conass e a parceira com outras escolas é bem interessante”, avaliou.

De acordo com Luciana “as escolas de saúde têm um olhar de integração ensino/ serviço que é a formação do profissional do SUS, não só do ponto de vista acadêmico, mas, principalmente, com o objetivo de impactar positivamente os indicadores de saúde”. Ainda conforme a superintendente, falar em fortalecer a escola de saúde é, sobretudo, abordar o aperfeiçoamento da preparação “dos nossos profissionais, para que eles atendam melhor os nossos pacientes e para que os nossos indicadores de saúde melhorem”.

Atenção à Saúde

Evanilde Fernandes, titular da Superintendência de Políticas de Atenção Integral à Saúde (Spais), destacou a importância da apresentação, no evento, dos processos de planificação da Atenção à Saúde para todos os Estado. Ela confirmou que Goiás está à frente nesse contexto. “Já iniciamos (o processo) há mais de três anos, e vamos intensificar o trabalho também na atenção especializada”, continuou.

O processo coordenado pela superintendente já está na segunda etapa, com a reorganização da tutoria, mas já apresenta resultados positivos, que serão, no entanto, mensurados após a conclusão dos trabalhos. “A satisfação do usuário é visível, com a diminuição das filas nas unidades básicas de saúde, a redução da mortalidade infantil, e nos indicadores das internações por causas sensíveis à atenção primária”, enumerou Evanilde.

Ela destacou também que, nesta nova gestão da SES-GO, as ações da planificação passaram a ser desenvolvidas como ação de governo, com o envolvimento de todas as superintendências. “O processo vai ser fortalecido com a atenção primária, o envolvimento de todas as superintendências, a vigilância em saúde, regulação, assistência de média e alta complexidade”, acrescentou. Ainda representaram a SES-GO na assembleia os superintendentes de Controle, Avaliação e Gerência e Gerenciamento das Unidades de Saúde, Marcelo Trevenzoli; e de Acesso a Serviços Hospitalares e Ambulatorias, Sandro Rodrigues.

Pacto federativo

Com a participação dos novos dirigentes recém-empossados para a gestão 2019/2020, a assembleia do Conass também discutiu um novo pacto federativo da Saúde, com críticas à atual fórmula de financiamento da Saúde Pública – a participação do Governo Federal foi citada como um dos grandes entraves para gerir o setor.

Apesar desses e outros entraves, o sistema público brasileiro de saúde foi elogiado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que atua como escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O SUS é uma joia, um modelo a ser seguido, pelo seu trabalho universal e equânime”, afirmou a diretora Carissa Etienne.

“Como toda pedra, precisa ser lapidada, mas é essencial para melhorar a vida dos brasileiros”, disse ainda a dirigente da Opas, ao destacar que o funcionamento da saúde pública em redes de assistência, com prioridade à atenção primária, deve servir de espelho para outros países.

Thiago Lagares (de Brasília) e José Carlos Araújo, da Comunicação Setorial

Foto: Sabba Nogueira

Governo na palma da mão

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