Siate se consolida como serviço do Governo de Goiás no socorro aos goianos

Referência na assistência de casos graves, Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência é importante parceiro do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás na Região Metropolitana de Goiânia

Acidentes acontecem em todos os lugares do planeta e para socorrer as vítimas é necessário a oferta de um atendimento adequado. Em Goiânia e Região Metropolitana, se alguém precisar de um socorro pode contar com o Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência (Siate), serviço do Governo de Goiás ligado à Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) que se consolidou como importante parceiro do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO).
 
Com 87 servidores efetivos, entre técnicos administrativos, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos (anestesistas, cirurgiões gerais e intensivistas, dentre outros), o Siate atua nos socorros a traumas em conjunto com o CBM-GO. “Os bombeiros garantem a ‘segurança da cena’ e apoiam a equipe na avaliação e resgate da vítima, para que os profissionais da saúde possam atuar”, explica a diretora do Siate, Karla Prado Cruvinel, sobre a atuação de cada instituição nesses atendimentos. 
 
Ou seja, os bombeiros isolam o local do acidente e fazem o resgate da vítima para que os profissionais do Siate apliquem os protocolos de atendimento para cada caso e definam para onde encaminhar a vítima. Mas, antes da chegada dessas equipes, há outras ações importantes, indispensáveis, para que o atendimento seja eficiente e eficaz.
 
Socorristas 
E tudo começa com uma ligação telefônica, após o incidente. Mas para qual número ligar: 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 (Samu)? Se a primeira opção for a definida, um médico regulador do Siate – atuando no Centro Integrado de Inteligência, Comando e Controle (CIICC) vai analisar, por sua vez, se envia uma Unidade de Suporte Intermediário (com um militar, um enfermeiro e um técnico de enfermagem) ou uma Unidade de Suporte Avançado, que inclui, além daqueles profissionais, também um médico. 
 
Também a depender da gravidade do incidente, define-se o acompanhamento ou não de um Veículo de Intervenção Rápida (VIR) –  uma caminhonete equipada com todos os materiais e profissionais – para resgaste e socorro. “A ideia do VIR é a chegada precoce da equipe em um veículo que se desloca com maior fluidez no trânsito, chegando mais rápido até a vítima e já prestando o primeiro atendimento até a chegada da viatura de resgate,” esclarece Karla.
 
Pioneirismo
Nessa logística, Karla destaca a Unidade de Suporte Intermediário (SIV), criada em 14 de dezembro de 2020 de forma pioneira no Centro-Oeste. Essa equipe, que atua em turnos de 12 horas (o suporte avançado atua 24 horas), faz todo o atendimento sob supervisão remota do médico regulador, como se ele estivesse fisicamente presente na ocorrência.
 
É também esse profissional quem define para onde a vítima será levada, após análise do seu quadro de saúde, e também do perfil da unidade. “Esse paciente chega com vaga zero, ou seja, tem que ser atendido com prioridade”, lembra Karla Prado. 
 
Essa logística empreendida, com eficiência e rapidez, é essencial para dar vazão ao fluxo de atendimentos, seja em número (quase mil casos no primeiro quadrimestre de 2021), seja nas especificidades dos casos (veja lista abaixo). Todos eles recebem a atenção dos profissionais ‘in loco’ e o olhar, também preciso, do médico regulador que atua na Central de Regulação do Siate. “Tão importante quanto a presença física é essa a presencial virtual em tempo real”, confirma a diretora do Siate. 
 
Criado pela Secretaria de Estado da Saúde como reforço ao atendimento de urgência e emergência, numa ação pioneira no Centro-Oeste, o Siate atua como importante parceiro do Corpo de Bombeiros, no Batalhão de Salvamento e Emergências (BSE), localizado na antiga rodoviária de Goiânia, próximo ao Lago das Rosas, no Setor Oeste.

Criado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás como reforço ao atendimento de urgência e emergência, numa ação pioneira no Centro-Oeste, o Siate atua como importante parceiro do Corpo de Bombeiros, no Batalhão de Salvamento e Emergências

Complexo Regulador
Ligado à Superintendência do Complexo Regulador em Saúde de Goiás, o Siate pode passar despercebido nos atendimentos na Grande Goiânia, devido à simbiose com o Corpo de Bombeiros. Em sua estrutura estão servidores da SES-GO, uma viatura de suporte intermediário – que atua com as demais do Corpo de Bombeiros – e duas caminhonetes VIR. 
 
Graças a recursos financeiros e pessoal da SES-GO, o Siate vem ampliando o leque de atividades, a exemplo dos treinamentos coletivos periódicos, nos horários de expediente, que reforça a qualificação das equipes e com tecnologia de vanguarda.
 
Um exemplo são dois bonecos humanos utilizados na simulação de socorros à vida. Por meio de sensores digitais, é possível criar nos bonecos, por exemplo, simulações de um ataque cardíaco, como se fosse em uma pessoa de verdade. Qualquer inconformidade no atendimento é acusada pelo sistema, segundo Karla. 
 
Central de Assepsia
Outro investimento do Siate é a Central de Assepsia, instalada no Centro de Atendimento Técnico do Corpo de Bombeiros, no Setor Jardim América, também na capita, no fim do ano passado. Nesse local é feita toda a higienização dos materiais processados que as equipes utilizam, como ambus (ressuscitadores manuais), máscaras e também as próprias viaturas do Siate e do Corpo de Bombeiros. 
 
A estrutura com 22 ambulâncias do Corpo de Bombeiros, equipamentos, medicamentos e pessoal é custeada também por recursos repassados pela SES-GO ao CBM-GO, por meio de convênio firmado entre as partes. Só para este ano, foram descentralizados cerca de 8 milhões de reais, utilizados também no custeio do Serviço Aeromédico de Goiás, formado por dois aviões e um helicóptero, que também faz parte do Siate. 
  
SIATE EM NÚMEROS 
 
Atendimentos realizados pelas equipes nos dois primeiros quadrimestres de 2021
 
Suporte Avançado de Vida (médico e enfermeiro) –  Duas equipes – 24 horas/dia 
Acidente de trânsito – 125
Agressão – 67 
Emergência clínica – 301
Afogamento – 1
Intoxicação – 21
Lesão térmica – 5
Queda – 28 
Autoextermínio – 21
Transporte – 10
Óbitos – 827
Outros – 02
Total Geral – 1408
 
Suporte Intermediário de Vida (somente enfermeiros) – Uma equipe – 12 horas/dia
Acidente de trânsito – 31
Agressão – 02 
Emergência clínica – 449
Intoxicação – 15
Lesão térmica – 5
Queda – 15 
Autoextermínio – 5
Transporte – 15
Total geral: 492

José Carlos Araújo (texto) e Britto (fotos)/Comunicação Setorial

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo