SES realiza Oficina Monkeypox para profissionais da saúde

Protocolos de enfrentamento à doença repassados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás a equipes das redes pública e privada e serão multiplicados a todos os municípios goianos

Profissionais de saúde recebem informações sobre protocolos de enfrentamento à monkeypox

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), realizou, nesta terça-feira (3/10) mais uma capacitação de médicos e enfermeiros que atuam na assistência pública e privada de saúde – o anterior foi realizado em agosto. Desta vez, mais de 200 profissionais se reuniram no auditório da Superintendência da Escola de Saúde de Goiás (Sesg) para receber orientações técnicas relacionadas aos vários estágios da monkeypox, desde a suspeita de casos ao tratamento, incluindo eventual internação.

Técnicos da vigilância epidemiológica, estratégica, atenção integral à saúde e laboratório estadual de saúde se reuniram com a tarefa de alinhar o enfrentamento da monkeypox com os profissionais de saúde, que aproveitaram a oportunidade para tirar dúvidas, com orientações que serão repassadas aos municípios.

“Muito importante que o Estado esteja nos preparando para que a gente chegue a Caldas Novas e seja um multiplicador desse aprendizado aqui”, disse a médica Ellen Andrade.

A mesma experiência foi compartilhada com a enfermeira de Morrinhos Isabela Nunes. “Nossa preocupação, como profissionais de saúde, é sempre estar aprendendo. Quanto mais aprendemos sobre monkeypox, mais protegida pode ficar nossa população.”

A oficina teve foco na detecção, rastreio e monitoramento dos casos, fluxo laboratorial, assistência nas unidades de saúde, manejo clínico e saúde do trabalhador. E reforçou a importância da notificação imediata (até 24 horas), pelos profissionais de saúde de serviços públicos e privados, às autoridades de vigilância epidemiológica dos casos suspeitos de monkeypox. São de extrema importância tanto a detecção precoce dos casos atendidos nas unidades de saúde quanto a notificação e o isolamento, rastreio e monitoramento de contatos, a fim de conter a cadeia de transmissão.

A superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, ressaltou a importância e necessidade dessa atualização com os profissionais, até mesmo para a condução adequada com relação à doença. “Os casos de Monkeypox no Estado de Goiás se encontram hoje numa tendência de estabilidade, sem aumento significativo nas últimas semanas. Estamos monitorando diariamente para identificar se essa estabilidade será sustentada.”

Monkeypox
Com alta transmissibilidade, a monkeypox se caracteriza por lesões doloridas na pele, baixa taxa de letalidade, com atenção para a ocorrência em pessoas imunossuprimidas, gestantes, crianças e idosos.

No Brasil, essa forma de varíola não tem relação com macacos, pois a contaminação no País é apenas entre humanos. O Brasil não é área endêmica da doença e, portanto, os animais não portam o vírus. Apenas os seres humanos podem transmitir, por meio de contato íntimo com secreções, gotículas de saliva e objetos compartilhados contaminados.

A doença é endêmica no continente africano e, em maio desse ano, surgiu de forma inesperada na Europa Central e se espalhou por mais de 108 países. A SES-GO vem capacitando profissionais da rede pública e também da rede privada com relação aos protocolos de assistência e vigilância dos casos.

Yara Galvão (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial

 

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