Departamento Nacional Penitenciário realiza mutirão de cidadania com ações de saúde e parceria da SES

Um total de 2.090 pessoas privadas de liberdade foram atendidas em suas necessidades de saúde na 1ª Ação de Cidadania, realizada de 20 a 23 setembro pelo Governo de Goiás e parceiros. O trabalho atende à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP).

Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e outros profissionais de saúde do Departamento Nacional Penitenciário, da Defensoria Geral, da Diretoria Geral de Administração Prisional e da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia atuaram nos cinco pavilhões da Casa de Prisão Provisória (CPP) e no presídio feminino.

Foram realizados 1.081 atendimentos médicos. Além disso, toda a população passou por testes de HIV, hepatites B e C e sífilis. A ação ainda fez 100 testes de tuberculose, 18 para detecção de Covid-19 e 789 prescrições médicas. Também foram solicitados 217 exames. Este foi o primeiro evento depois da pandemia e o maior na história do Estado. Devido ao sucesso, o Mutirão será realizado em outras unidades prisionais do Estado a partir do próximo ano.

Segundo Alba Carvalho, coordenadora de Saúde Prisional da SES, da Superintendência de Saúde Mental e Populações Específicas (Susmep), um total de 268 reeducandos iniciaram tratamento e agora, na fase pós campanha, haverá o encaminhamento, via regulação, para dar sequência aos atendimentos, conforme cada caso.

“A responsabilidade do Estado é acompanhar como está o atendimento à população privada de liberdade. Ao aderir à PNAISP, cada município recebe uma verba federal para cuidar de seus custodiados, conforme número de encarcerados”, explica Alba. 

Ela completa que Goiás ainda entra com uma outra verba para ajudar que o serviço seja prestado continuamente. “Em Goiás, 40 municípios participam da política nacional, mas dos 77 municípios goianos com população carcerária, 74 recebem uma verba do Estado. Os custodiados estão privados da liberdade lá fora, mas dentro das unidades todos têm direito ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Isabela Melo
Fotos: Divulgação