SES-GO realiza I Seminário Goiano de Micobactérias não tuberculosas 

Iniciativa reuniu 200 profissionais da área da saúde, promovendo capacitação para a prevenção, diagnóstico e tratamento de casos de MNTs no território goiano

As MNTs são hoje motivo de preocupação, diante do aumento na prevalência e incidência de doença pulmonar causada por essas micobactérias em todo o mundo

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), realizou, nesta quarta-feira (16/08), o primeiro Seminário Goiano de Micobactérias não tuberculosas (MNTs). O evento, que ocorreu na área IV da PUC, em Goiânia, teve como objetivo aprimorar o conhecimento técnico dos profissionais da área da saúde, incluindo médicos, enfermeiros e acadêmicos, sobre os protocolos, manejos e vigilância de casos de MNTs no território goiano. Ao todo, mais de 200 pessoas participaram do seminário.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, que na ocasião representou o secretário de Estado da Saúde, Sérgio Vêncio, falou, durante a abertura do evento, sobre a necessidade de monitorar possíveis problemas de saúde pública, como as MNTs. “A partir do momento em que a gente vai vigiando melhor, vamos encontrando situações em que se começa a observar o risco que determinada doença traz pra saúde da população. Eu vejo as micobactérias com esse perfil. Por isso a importância de conhecer melhor a situação delas. Entendendo a dinâmica dessas doenças, sabemos como controlá-las”, pontuou. 

As micobactérias não tuberculosas são microrganismos que podem estar presentes, principalmente, em redes de distribuição de água, encanamentos e sistemas de água de hospitais, centros de hemodiálise, centros cirúrgicos e consultórios dentários, criando possíveis fontes de contaminação e doença em humanos. Atualmente, são conhecidos mais de 200 tipos diferentes de MNTs, mas apenas 40 são considerados realmente patogênicos. Em 90% dos casos, o acometimento é pulmonar, se manifestando, predominantemente, em adultos. Os sintomas incluem tosse, que pode vir acompanhada de sangue, falta de ar, febre, perda de peso e fadiga.

As MNTs são hoje motivo de preocupação, diante do aumento na prevalência e incidência de doença pulmonar causada por essas micobactérias em todo o mundo. Desde 2013, quando foi implantado o Sistema de Tratamentos Especiais da Tuberculose (SITE-TB) no país, foi iniciada a notificação de casos de doença por MNTs, que conta, inclusive, com medicações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.

No período de 2020 a 2023, foram registrados no SITE-TB, 1.774 casos novos de micobactérias não tuberculosas no Brasil, sendo 363 em 2020, 491 em 2021, 618 em 2022 e 302 em 2023. Goiás é o 10° estado no ranking de notificações. Ao todo, foram registrados 43 casos em solo goiano entre os anos de 2020 e 2022. Em 2023, até o momento, foram verificados oito novos casos da doença. As notificações foram feitas por 10 municípios, sendo a maioria delas registradas em Goiânia e Aparecida de Goiânia. 

“Considerando o cenário que nós temos hoje de doenças pulmonares, inclusive causadas por micobactérias não tuberculosas, a gente viu a importância de fazer essa capacitação com os profissionais de saúde, para que eles consigam diferenciar, para evitar diagnósticos errados, porque uma MNT em muitos casos pode ser confundida com tuberculose e ser tratada de forma equivocada”, explicou a superintendente da SES. 

O seminário contou ainda com a presença da consultora do Ministério da Saúde, Isabela Heráclio; da gerente de Vigilância Epidemiológica da pasta, Ana Cristina de Oliveira; da diretora da Escola de Ciências Médicas e da Vida da PUC GO, Vanuza Claudete Leite, que representou a reitora da instituição, Olga Izilda Ronchi; do enfermeiro epidemiologista subcoordenador do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Emílio Alves Miranda; e do médico infectologista do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, João Alves Filho.

Foto: SES-GO

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