Serviço de Transplantes Renais do HGG supera meta em 240% no primeiro mês

Hospital Alberto Rassi realizou 17 transplantes, entre os dias 17 de março e 17 de abril. Pacientes não dependerão mais da hemodiálise O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, anunciou nesta segunda-feira, dia 17 de abril, os resultados do primeiro mês do Serviço de Transplantes Renais no Hospital Alberto Rassi – HGG. A equipe da unidade realizou 17 transplantes, número 240% maior do que a meta estipulada, de cinco pacientes mensais. Todas as cirurgias obtiveram êxito, e 14 órgãos foram provenientes de doadores cadáveres. De acordo com o secretário de Saúde, os transplantes resgatam a qualidade de vida dos pacientes com insuficiência renal. “Eles gastam até três dias por semana para fazer as sessões de hemodiálise. Muitos deixaram de trabalhar e dependem do SUS para continuar sobrevivendo. Com o transplante, eles voltarão a sua vida normal e com mais autonomia”, disse. Leonardo Vilela ressaltou ainda o avanço que o serviço representa para o Estado. “Fico muito feliz de estar aqui informando esses dados que superaram todas as nossas mais otimistas expectativas. Estamos colhendo os frutos do bom trabalho realizado pela Secretaria de Saúde e HGG, que é colocar Goiás na vanguarda, sendo o estado líder em transplantes no Centro-Oeste”, exaltou. Os transplantes também significam mais economia a médio prazo, já que a rede pública gasta aproximadamente R$ 5 mil mensais com sessões de hemodiálise para cada paciente. Em Goiás, estima-se, de acordo com a Central de Transplantes, que existem 232 pessoas na fila por um novo rim e que 3.579 pacientes estão em diálise. Segundo o médico responsável pelo Serviço de Transplantes Renais do HGG, Bráulio Ludovico Martins, o Estado passou a receber órgãos de outros estados para beneficiar os pacientes de Goiás.

Neste primeiro mês, foram doados rins de Rondônia, Brasília e Santa Catarina. “O Hospital está altamente comprometido para a realização dos transplantes, conseguindo atender prontamente quando surge um doador cadáver. Por isso, conseguimos superar tanto a meta”, explica. Com o Serviço em pleno funcionamento, o diretor técnico do HGG, Rafael Nakamura, ressalta mais uma vez a importância da doação de órgãos, principalmente quando ocorre a morte encefálica. “A maior parte dos transplantes ocorre quando surge esta doação inesperada. É desta forma que conseguiremos reduzir a fila, beneficiando um maior número de pessoas”, destaca. Qualidade de vida A estudante de Administração Laila Jordane Alves, de 20 anos, fez o transplante de rim na última quarta-feira, 12 de abril. Já recuperada, ela contou que nesses poucos dias após a cirurgia já pôde perceber a mudança na sua qualidade de vida. “Hoje eu posso tomar água, comer alimentos que tenham muito líquido, coisa que antes eu não podia fazer”, comemora. Laila ressalta ainda que quer retomar a vida que tinha quando começou a fazer hemodiálise, há 1 ano e 9 meses. “Só de pensar que não vou precisar ficar naquela máquina três vezes por semana é um alívio. Tive que parar de trabalhar e fiquei fora da faculdade por um semestre para estabilizar minha saúde. Agora só espero o aval do médico para retornar à minha vida. Estou renovada, com a cabeça fresca.” Moaci Guedes foi o primeiro paciente transplantado após a implantação do serviço no HGG. Ele recebeu o rim da filha, que descobriu ser sua há cerca de seis meses, depois de ficar 2 anos na fila do transplante. “A saúde está 100%. Antes eu tomava vários remédios para a pressão, e depois da cirurgia ela estabilizou sozinha. Hoje tenho disposição, estou muito bem”, afirma. O paciente, que completou um mês de transplante, já faz planos para o que chama de “nova vida”. “Agora vou fazer tudo diferente, curtir a vida, minha família e ser um pai presente”, planeja. Para ele, é importante que as pessoas se conscientizem da importância da doação de órgãos. “Eu recebi um rim e estou muito bem. Minha filha também já retornou à vida normal. Não é preciso ter medo, só mesmo a coragem de fazer a doação.”

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