Evento aponta necessidade de um olhar diferenciado às populações vulneráveis ao adoecimento por tuberculose, doença que ainda representa desafio a ser superado

Estudantes da área da saúde e profissionais que atuam no atendimento às populações vulneráveis em vários municípios do Estado tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre tuberculose, doença milenar que ainda afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Na manhã desta quinta-feira (30/03), a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) realizou o Seminário Estadual sobre Tuberculose. 

O evento ocorreru no Auditório do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (IPTSP/UFG) e contou com a presença das superintendentes da SES-GO Flúvia Amorim (Vigilância em Saúde) e Paula dos Santos Pereira (Políticas e Atenção Integral à Saúde); e da vice-presidente do IPTSP, Megmar Aparecida dos Santos Carneiro, entre outras personalidades. 

Em seu pronunciamento, Flúvia Amorim destacou que o controle da tuberculose ainda constitui um desafio a ser superado no Estado em em todo o País. “Apesar de ser uma das enfermidades mais antigas da história da humanidade, a tuberculose merece atenção e priorização por parte dos gestores”, acentuou. 

Flúvia Amorim enfatizou que a enfermidade passa por um processo de banalização e esquecimento por parte da população em geral, com o registro de um grande número de casos todos os anos. Essa questão preocupante vai na contramão do fato de a doença ser facilmente diagnosticada e ter o tratamento acessível e totalmente gratuito. 

Paula dos Santos Pereira enfatizou a importância de um olhar diferenciado às populações vulneráveis à doença, entre as quais, as pessoas que vivem em situação de rua, indivíduos privados de liberdade, indígenas e imigrantes. “Devemos atuar com equidade diante das diferenças e especificidades de cada grupo populacional, respeitando cultura e comportamento, levando o tratamento para todos”, pontuou. 

O coordenador do Programa Estadual de Tuberculose, Emílio Miranda, apresentou aos participantes os acentuados números da doença em Goiás. Em 2020, foram registrados 963 casos novos. Em 2021, saltaram para 1.019 e, no ano passado, para 1.078 casos novos. Apesar desse avanço, Goiás ainda concentra os menores coeficientes de incidência da doença entre os demais Estados do País. 

Maria José Silva (texto)  e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial