Segundo encontro da Renavh Goiás promove ciclos de debates e palestras
Evento, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás no auditório da Funasa, em Goiânia, reúne profissionais de 43 unidades de saúde estaduais, municipais e particulares do Estado para troca de experiências exitosas
Com o intuito de apresentar os trabalhos desenvolvidos nos núcleos da Vigilância Epidemiológica nos ambientes hospitalares de Goiás, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), realizou, nesta quarta (29/11) e quinta-feira (30/11), o 2º Encontro da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (Renavh Goiás). O evento reúne profissionais de 43 unidades de saúde (estaduais, municipais e privadas), as seis Policlínicas Estaduais e o Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz (Hemogo).
Além da exposição de 15 experiências exitosas, o encontro, que ocorre no auditório da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), na capital, conta ainda com ciclos de palestras e debates sobre diversos temas, como vigilância das Violências, das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e Saúde Digital.
Os núcleos de Goiás passaram por ampliação ao longo dos últimos anos, saindo de 14, em 2019, para 36, em 2023, abrangendo hospitais da rede pública e privada, as policlínicas e o Hemocentro. A pasta já iniciou também as tratativas para a instalação dos núcleos nas unidades de urgência e emergência, as Upas, dos municípios goianos em 2024.
Durante a abertura oficial, a superintendente de Vigilância em Saúde da pasta, Flúvia Amorim, destacou a relevância do período pandêmico para o crescimento da rede, com a vigilância epidemiológica estabelecida nos núcleos hospitalares e funcionando devidamente.“Os próprios hospitais, inclusive os privados, viram a necessidade de ter esse serviço dentro da sua instituição”, pontuou.
A representante da SES-GO lembrou ainda que, em São Paulo, a identificação do sorotipo 3 da dengue foi feita após 15 anos, graças ao núcleo de vigilância instalado em uma das unidades sentinelas de saúde. “Isso mostra a importância que esse serviço tem, não só para as emergências que passam a surgir, mas também para aquelas que já existem, para a gente avaliar o que está acontecendo, o que pode estar mudando no padrão da doença e onde nós, enquanto serviço de saúde, ou enquanto vigilância epidemiológica, podemos intervir”, assinalou.
Medidas de controle
A Vigilância Epidemiológica Hospitalar faz parte das estratégias de saúde pública e tem como finalidade desenvolver ações de notificação, investigação de casos e óbitos, além da tomada de medidas de controle de modo articulado com outros serviços de saúde. Todas as unidades de saúde do estado vinculadas ao Renavh Goiás são monitoradas, avaliadas por meio de indicadores e capacitadas para responder às situações de interesse à saúde pública.
“O objetivo da pasta é tentar fortalecer, cada vez mais, o nível regional no monitoramento e na implantação das políticas de vigilância em saúde”, reforçou gerente das Regionais de Saúde da SES-GO, Simone Botelho. Já o diretor financeiro do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Cosems GO), Carlos Galvão Júnior, ressaltou a importância de eventos como esse para mostrar que é possível desenvolver novos projetos com poucos recursos. “O que vale mesmo é a educação permanente em saúde. É qualificar quem está lá na ponta do serviço, médicos e enfermeiros, para evitar subnotificações”, garantiu.
Também estiveram presentes no encontro a gerente de Emergências em Saúde Pública da SES-GO, Cristina Musmano, e o assessor técnico Marcos Vinícius Miki, que na ocasião representou a secretária de Saúde Adjunta, Anamaria de Sousa Arruda.
Aline Rodrigues (texto) e Iron Braz (fotos) / Comunicação Setorial