Saúde monitora qualidade da água para consumo humano

Projeto Água Potável um Direito de Todos irá monitorar o abastecimento nas seis cidades que não possuem água tratada.

A água é vital para a vida, tanto que diretrizes sanitárias da Organização Mundial de Saúde estabelecem que a falta de acesso à água potável eleva o risco de doenças diarreicas e de outros males relacionados com contaminantes químicos e biológicos. Segundo dados da OMS, quase 90% das doenças diarréicas podem ser atribuídas à ausência de água de boa qualidade.

Para que todos os municípios goianos contem com água própria para o consumo humano, a Secretaria do Estado da Saúde (SES-GO) está desenvolvendo o Projeto Água Potável um Direito de Todos. Tânia Vaz, gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, explica que o objetivo é o de alertar a população e os gestores municipais sobre importância da implantação do sistema de tratamento de água, por meio da Comunicação de Risco à saúde da população. “Conhecendo os riscos a que estão expostos, gestores e comunidade terão informações suficientes para mudarem essa realidade”, diz a gerente da área responsável pelo desenvolvimento e implantação do projeto.

Em Goiás, seis municípios ainda não têm sistema adequado de tratamento de água, totalizando uma população de 24.817 habitantes, o que corresponde a 0,4% da população do Estado. Nos municípios de Cachoeira de Goiás, Colinas do Sul, Guarinos, Mossâmedes, Nova Roma e Paranaiguara, a população fica assim exposta a doenças de veiculação hídrica ao utilizarem poços e mananciais, sem estudo prévio da qualidade da água e tratamento adequado.

Segundo Tânia, esses seis municípios são a prioridade do projeto. “O objetivo é o de sensibilizar os gestores municipais para viabilizar a instalação de sistema de tratamento e abastecimento de água nestes municípios, nos próximos dois anos, para o fornecimento de água potável à população”, informa Tânia. Como resultado, espera-se a redução na ocorrência de doenças de veiculação hídrica, como medida de proteção à saúde.

IMPLANTAÇÃO

Projeto Água Potável um Direito de Todos está em implantação desde outubro de 2016 e encontra-se na fase de discussão nos municípios prioritários. Em fevereiro, foram apresentados aos prefeitos das 6 cidades e também de outras 15, num total de 21 cidades, os resultados de análises realizadas nos últimos anos, em cujas amostras de água foram registradas a presença da bactéria patogênica Escherichia O coli, exceto o município de São Simão que não apresentou amostras insatisfatórias em um histórico recente. Na ocasião, a Secretaria da Saúde falou da importância da realização de análises periódicas para monitorar a qualidade da água oferecida à população. “O próximo passo é realizar ações de conscientização junto à população e gestores municipais destas localidades”, diz a gerente de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador.

MONITORAMENTO

O Ministério da Saúde/SINVSA desenvolveu o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA) objetivando a descentralização das ações de monitoramento da água. Nos municípios, os técnicos das Vigilâncias Municipais são responsáveis pela coleta da água do sistema de distribuição e também pelo registro dessas análises no Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA). As amostras são encaminhadas ao Laboratório Central (LACEN), para análises físico-químicas e microbiológicos, conforme Portaria Ministerial 2914/2014.

Luan Mendonça de Pádua, técnico da Gerência de Vigilância Ambiental, explica que caso os testes detectem problemas na qualidade da água, os fiscais dos municípios são orientados a realizarem novas coletas e também notificar os responsáveis pelo serviço de abastecimento local para adotar medidas diante da situação encontrada. O papel da Gerência de Saúde Ambiental é promover e realizar a vigilância da qualidade da água nos 246 municípios do Estado e, no caso de laudos insatisfatórios, são encaminhados à Gerência de Vigilância Sanitária de Serviços de Saúde para realização de inspeções, orientações e adoção das medidas sanitárias cabíveis.

 

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