Saúde debate violência obstétrica em tempos de pandemia

Discussão virtual vai abordar os direitos das mulheres antes, durante e depois do parto no período de pandemia. Dentre esses direitos estão as presenças de acompanhante e doula durante o nascimento do bebê

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), realiza nesta quarta-feira, 24 de junho, uma mesa de debates sobre o tema Violência Obstétrica em Tempos de Pandemia. A discussão virtual, organizada pela Coordenação de Atenção às Pessoas em Situação de Violências e Saúde no Sistema Socioeducativo da Superintendência de Políticas sobre Drogas e Condições Sociais Vulneráveis (SPDC), tem o propósito de esclarecer, com profundidade, a questão da violência obstétrica, as condutas a serem adotadas pelos profissionais de saúde e os direitos das mulheres gestantes, parturientes e puérperas neste período de pandemia de Covid -19.

A mesa de debates, organizada pela coordenadora de Atenção às pessoas em Situação de Violências e Saúde no Sistema Socioeducativo da SPDC, Paula dos Santos Pereira, será transmitida pelo endereço eletrônico  https://meet.google.com/rgx-rrnp-csg. Além da coordenadora, participam das discussões a enfermeira da subcoordenação de Equidade em Saúde da SPDC, Fabíola Rosa dos Santos; a presidente da Comissão de Combate à Violência Obstétrica e Neonatal da Associação Nacional da Advocacia Criminal, Valéria Eunice Mori Machado; a coordenadora do Grupo Materdoulas, Michelle Oliveira; e a enfermeira da Subcoordenação de Saúde da Mulher da Superintendência de Atenção Integral á Saúde (Sais), Claudia Gouveia Franco.

Paula Pereira informa que profissionais e gestores de saúde têm observado, desde o início da pandemia, a ocorrência de restrições e descumprimentos aos direitos da mulher antes, durante e após a realização do parto. Ela cita como exemplos desta situação a proibição do direito às presenças do acompanhante e da doula no momento do parto. “Apesar de estarmos em uma pandemia, é assegurada à gestante a presença dessas duas pessoas”, sublinha. A doula é uma profissional contratada pela própria gestante, que a acompanha durante a gravidez e no parto, com a sugestão e adoção de medidas não medicamentosas.

A coordenadora de Atenção às Pessoas em Situação de Violências e Saúde no Sistema Socioeducativo alerta que neste momento de pandemia não deve ocorrer incentivo à realização de partos cesarianos. Paula Pereira destaca que não há nenhuma recomendação ou norma técnica sobre essa questão editada pelo Ministério da Saúde.

Maria José Silva, da Comunicação Setorial
Foto: Divulgação/EBC

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