Roda de conversa sobre câncer de mama encerra Outubro Rosa

Evento reuniu mulheres da Escola de Saúde de Goiás e de outras áreas da SES-GO

Médica ginecologista destacou a importância da adoção de medidas de prevenção à doença, entre as quais o autoexame nas mamas

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) encerrou as comemorações da campanha Outubro Rosa com a realização de uma roda de conversa sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce ao câncer de mama, nesta quinta-feira (31/10). O evento, realizado na Superintendência da Escola de Saúde de Goiás, reuniu profissionais de diferentes áreas da SES-GO e foi coordenado pela Gerência de Apoio Administrativo e Logístico da pasta, vinculada à Superintendência de Gestão Integrada, contando ainda com o apoio da Gerência de Humanização. Os participantes foram contemplados com um bate-papo interativo, marcado pela transmissão de conhecimentos e relatos de experiência de vida.

A roda de conversa foi coordenada pela médica ginecologista Noêmia de Fátima Aires Luiz de Freitas, lotada na Gerência de Regulação de Cirurgias Eletivas da Superintendência de Regulação, Controle e Avaliação da SES-GO. A plateia foi composta por mulheres que fizeram questão de usar uma peça na cor rosa, símbolo da conscientização e da luta contra o câncer de mama. Noêmia de Fátima destacou a importância de todas as mulheres adotarem em sua rotina as medidas de prevenção à doença, entre as quais o autoexame nas mamas uma vez ao mês a consulta ao médico especialista e a realização da mamografia uma vez ao ano.

“Hoje o câncer de mama ocupa o segundo lugar nos casos de neoplasia entre as mulheres no Brasil e é a primeira causa de morte entre as pessoas do sexo feminino”, informou a médica. Ela enfatizou a importância da prevenção à doença e, sobretudo, do diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais chances de cura”, acentuou. Noêmia de Fátima destacou que nos países desenvolvidos, onde as mulheres têm mais oportunidade de realizar a mamografia, o índice de cura do câncer de mama é de aproximadamente 85%. Nos países em desenvolvimento, os óbitos por este tipo de neoplasia vitima cerca de 50% das pacientes.

A médica fez um relato de sua experiência pessoal que emocionou e levou esperança às mulheres que participaram da roda de conversa. Ela informou que diagnosticou o câncer de mama em 2022, ao fazer a mamografia. “Para minha surpresa, ao visualizar o exame, constatei que havia uma imagem característica da doença em fase inicial”, sublinhou. Na mesma data, ela procurou um médico especialista e submeteu-se ao tratamento. “Hoje estou na fase considerada de cura. Vou usar um medicamento durante sete anos, como prevenção, mas estou em pleno serviço”, pontuou.

Prevenção e diagnóstico precoce
Goiás registrou em 2023 um total de 1.435 casos de câncer de mama e 634 óbitos pela doença. Este ano, já são 551 mulheres com esse tipo de câncer e 373 mortes registradas. No Brasil, a recomendação do Ministério da Saúde — assim como a da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades internacionais — é que mulheres com idade entre 50 e 69 anos realizem mamografias de rastreamento a cada dois anos, mesmo na ausência de sinais ou sintomas. Essa prática é fundamental para identificar o câncer precocemente.

O autoexame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda na identificação de tumores maiores. No entanto, não substitui o exame clínico realizado por profissional da saúde e a mamografia. Apenas a biópsia poderá confirmar o diagnóstico, benigno ou maligno.

Maria José Silva (texto) e Iron Braz (foto) / Comunicação Setorial da SES-GO

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