Programa de Atenção ao Louco Infrator é apresentado em congresso no RS

Reconhecido no Brasil e exterior, Paili é abordado em mesa-redonda, nesta quarta e quinta-feira, durante evento com gestores e profissionais das áreas de saúde, segurança e controle social

Equipe do Paili, estruturado em 2006 e com reconhecimento em nível nacional e internacional

O bem-sucedido Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili), desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), em parceria com o Ministério Público, Secretaria da Justiça e Tribunal de Justiça de Goiás, está sendo apresentado a profissionais e gestores das áreas de saúde, segurança e controle social do Rio Grande do Sul.

A gerente de Saúde Mental da SES-GO, Helisiane Figueiredo, foi convidada a participar de uma mesa-redonda no 2º Congresso Estadual de Políticas Públicas e Participação Social no Sistema Prisional, promovido pela Universidade de Santa Cruz do Sul. 

O evento, a ser realizado nos dias 9 e 10 de novembro, vai ocorrer simultaneamente com a 4ª Mostra Estadual de Experiências na Saúde Prisional, 12º Encontro Estadual de Conselhos da Comunidade, 3º Encontro de Coordenadores da Política Estadual de Saúde Prisional, 8º Seminário de Políticas Prisionais e Direitos Humanos.

Helisiane Figueiredo vai integrar a mesa-redonda, que será realizada no dia 10 de novembro, às 13 horas, sobre saúde mental e o cuidado no sistema prisional, na qual vai expor o tema Experiência Paili: Saúde Mental e Hospitais de Custódia. 

Iniciativa inovadora
Estruturado em outubro de 2006, a partir da implementação da reforma psiquiátrica, o Paili constitui uma iniciativa inovadora, que alcançou reconhecimento em nível nacional e internacional, por meio da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Paili tem como principal atividade o acolhimento de pacientes com medida de segurança, no caso loucos infratores, como ainda é mencionado pelo Código Penal, procedendo a avaliação psicossocial. O caso é acompanhado e mediado entre o ato jurídico, a saúde e a sociedade até o final da relação do paciente com a Justiça, visando a não reincidência do ato infracional e sua inserção social.

Desde a criação do Paili, foram atendidos 896 pacientes. De acordo com Helisiane Figueiredo, há 451 medidas de segurança extintas, e a taxa de reincidência é similar à do Reino Unido, em torno de 5%. Na avaliação da gerente, isso indica que o programa mostra que, tratadas adequadamente, essas pessoas podem conviver em sociedade.

Atualmente, o programa conta com 331 pacientes em acompanhamento. Desses, 138 fazem tratamento em Centros de Atenção Psicossocial (Caps), 88 em ambulatórios de saúde mental ou supervisionados por alguma Equipe Multiprofissional de Atenção Especializada em Saúde Mental. Somente 40 estão internados em clínicas psiquiátricas ou outras instituições hospitalares. 

Maria José Silva/Comunicação Setorial

Foto: Paili

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