Profissionais “vivenciam” as sensações do paciente de UTI no Hugol

A empatia possibilita aperfeiçoar e humanizar o atendimento hospitalar. O Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) realizou um treinamento com seus colaboradores da Unidade de Terapia Intensiva C, para que eles pudessem vivenciar a sensação que o paciente tem durante a internação e, assim, compreender melhor as necessidades da pessoa assistida.

A psicóloga hospitalar do Hugol, Jéssica Prado, realizou, junto com uma equipe multidisciplinar, uma dinâmica em que os profissionais da UTI foram vendados e submetidos a estímulos físicos, como picadas simulando agulhadas e o processo de ambuzar, que é um auxílio manual para a respiração, e sonoros, como conversas paralelas entre a equipe e sons de maquinário. “A reação de cada um foi muito particular, mas vivenciar a rotina de um paciente de UTI é algo que nunca haviam experimentado. Eles conseguiram, literalmente, sentir na pele como é estar internado e agora possuem uma empatia ainda maior com o estado da pessoa atendida, o que reflete na humanização da assistência”, explicou a psicóloga.

A dinâmica fez parte do projeto Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil, promovido pelo  Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, que atualmente abrange 120 UTIs no Brasil e que está sendo implantado na unidade desde dezembro de 2017.

Leonardo Tomas Freire, enfermeiro que trabalha no hospital desde sua inauguração, relatou o que sentiu durante a ação e como ela influenciou em sua rotina diária: “Percebi como é difícil estar no lugar do paciente, já que, por mais que esteja sedado, ele consegue perceber tudo e todos ao seu redor, gerando um sentimento de impotência. Esse treinamento me inspirou a melhorar ainda mais as minhas práticas profissionais”, afirma.

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