Policlínica Estadual de Quirinópolis lembra Dia Internacional da Síndrome de Asperger

Intuito da ação na unidade do Governo de Goiás no sudoeste do Estado é proporcionar  diálogo para conscientizar, orientar e esclarecer dúvidas

Médico Wilton Pereira e psicóloga Bruna de Souza conduzem a ação na Policlínica de Quirinópolis

A Policlínica da Região Sudoeste – Quirinópolis realizou, nesta quinta-feira (17/2), uma atividade de conscientização sobre o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, comemorado em 18 de fevereiro. A ação foi conduzida pelo médico Wilton Pereira e pela psicóloga Bruna de Souza, da unidade do Governo de Goiás no sudoeste do Estado.

Segundo Bruna, a data foi escolhida por ser o aniversário de Hans Asperger, pediatra austríaco que identificou a síndrome. “Descrita por Hans Asperger em 1944, a síndrome passou a ser conhecida como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) a partir de 2013, com a publicação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Apesar desta mudança de classificação, a expressão Síndrome de Asperger ainda é usada em alguns países”, explicou a psicóloga.

O médico Wilton Pereira destacou que todos os quadros clínicos são desordens do desenvolvimento neurológico e estão presentes desde o nascimento ou começo da infância. “Apesar do diagnóstico ser mais comumente feito na infância, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida”, afirmou.

Pessoas dentro do espectro TEA podem apresentar falhas na comunicação social, ou seja, dificuldade para se expressar verbalmente ou por gestos, para interagir socialmente de maneira recíproca e, também, mostrar padrões restritos e repetitivos de comportamento, como foco de interesse fixo, movimentos contínuos e alteração de sensibilidade a estímulos sensoriais auditivos, visuais e táteis.

“Todas as pessoas com TEA apresentam dificuldades de comunicação social, interesses específicos e repetitivos, mas cada uma delas será afetada em intensidades diferentes, resultando em características bem particulares”, ressaltou a psicóloga.

Diagnóstico multidisciplinar
De acordo com Wilton Pereira, o diagnóstico é multidisciplinar e essencialmente clínico. Baseia-se na presença de prejuízos nas áreas de interação e comunicação social e por um repertório restrito de interesses, conforme citado anteriormente. A equipe diagnóstica é composta pelas áreas de psiquiatria, neurologia, psicologia, terapia ocupacional e fonoaudiologia.

“O tratamento deve enfatizar o desenvolvimento de competências sociais e comunicativas para o fortalecimento das interações interpessoais, por meio de intervenções fonoaudiológicas e de base comportamental. Embora não haja medicamentos para o tratamento de sintoma, a medicação para redução e controle de sintomas obsessivos-compulsivos, de ansiedade, impulsividade, por exemplo, pode ser prescrita pela psiquiatria, dependendo das necessidades individuais de cada sujeito”, acrescenta o médico

Outro ponto fundamental, destacado pela psicóloga, é a retaguarda que se deve oferecer às famílias. “Nós profissionais devemos sempre proporcionar acolhimento e informações relevantes desde o processo diagnóstico, e incentivar a participação ativa e colaborativa ao longo do tratamento”, afirmou.

Julianna Adornelas (texto e foto)/Instituto CEM

 

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo