Policlínica Estadual de Posse celebra Dia Internacional da Mulher

Unidade do Governo de Goiás na região nordeste realiza uma série de atividades para comemorar data e informar sobre lutas e conquistas

Colaboradoras da Policlinica Estadual de Quirinópolis envolvidas na homenagem às mulheres

A Policlínica Estadual da Região Nordeste – Posse realizou, na terça-feira (8/3), uma série de atividades em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. A unidade do Governo de Goiás proporcionou um momento de prosa e café para as profissionais e pacientes e conscientizou sobre a data.

Em sua apresentação, a enfermeira Larissa Nolasco explicou que o Dia da Mulher foi instituído para representar a luta, coragem, busca pelo direito das mulheres. “A data deve ser vista como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, impedindo que retrocessos ameacem o que já foi alcançado. E entre o direito da mulher, está o direito de se cuidar, de buscar a prevenção de doenças e garantir saúde a mulher”, disse.

A assistente social Déborah Godinho falou com o público interno da unidade sobre os direitos da mulher e empoderamento. A mulher tem lutado constantemente pelos seus direitos, a fim de buscar igualdade social, garantir sua segurança e assegurar à mulher os seus direitos. Em homenagem à luta e às conquistas das mulheres, o Dia Internacional da Mulher, dia 08 de março, foi definitivamente instituído pela ONU no ano de 1975”, afirmou.

De acordo com a profissional, o empoderamento feminino pode ser definido de várias maneiras, incluindo aceitar os pontos de vista das mulheres ou fazer um esforço para buscá-los, elevando o status das mulheres por meio da educação, conscientização, alfabetização e treinamento, ou seja, empoderamento feminino é o ato de conceder o poder de participação social às mulheres.

“Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero”, ressaltou.

A psicóloga Gysa Mendes e a assistente social Glaciene da Silva abordaram a Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Com 46 artigos distribuídos em sete títulos, a lei cria mecanismos para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher em conformidade com a Constituição Federal (art. 226, § 8°)”, explicou Glaciene.

Violência 
A Psicóloga Gysa Mendes falou sobre os cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da Penha, que são: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. 

A violência física é entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher (espancamento, atirar objetos, sacudir e apertar os braços, estrangulamento ou sufocamento, lesões com objetos cortantes ou perfurantes, ferimentos causados por queimaduras ou armas de fogo e tortura).

A violência psicológica é considerada qualquer conduta que cause danos emocionais e diminuição da autoestima, prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões.

A violência sexual é qualquer conduta que constranja a mulher a presenciar, manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.

A violência patrimonial é entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

Violência moral é considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. Após a explanação, a profissional sanou as dúvidas dos participantes.

Março Lilás
Período de atenção especial à saúde da mulher, março é também o mês em que se comemora o Março Lilás, dedicado à campanha de prevenção e combate ao câncer de colo uterino. Esse tipo de câncer é uma das maiores causas de morte pela doença entre as mulheres no mundo. A enfermeira Larissa Nolasco falou sobre a importância da prevenção desse câncer e explicou sobre a doença. “O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos oncogênicos do vírus HPV (papilomavírus humano)”, disse.

A enfermeira destaca que o método de prevenção da infecção por HPV é o uso de preservativos durante a relação sexual. “Hoje também temos a vacina que previne os variados tipos de HPV com maior probabilidade de causar verrugas genitais e câncer cervical, recomendada para meninos e meninas”, destaca.

Larissa reforça a importância da realização do exame citopatológico, teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero que possam predizer a presença de lesões precursoras do câncer ou do próprio câncer. “É a principal estratégia para detectar lesões precocemente. A técnica de coleta adequada e no momento e condições oportunas garante um espécime de melhor qualidade e fornece resultados mais confiáveis”, revela.

A profissional falou ainda sobre a importância do autocuidado. “Hoje se comemora o dia da mulher, e nada mais justo que nos cuidar, tirar um tempo para nós, pois a saúde é um direito da mulher. Cuidamos diariamente de todos e, muita das vezes, esquecemos de cuidar de nós. Se cuide, mulher”, convocou.

Julianna Adornelas (texto e foto)/Instituto CEM

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