Policlínica Estadual de Goianésia implanta Prontuário Afetivo

Pacientes da unidade do Governo de Goiás recebem atenção diferenciada, fornecendo dados de interesse pessoal para interagir profissionais e indivíduos 

A Policlínica Estadual da Região Vale do São Patrício, em Goianésia, implantou uma novidade para melhorar a relação de profissionais da assistência com os pacientes, o Prontuário Afetivo. Segundo a diretora-geral da unidade do Governo de Goiás, Paula Wasconcelos, a medida visa aproximar pacientes e profissionais da saúde para prestar uma atenção mais agradável.

“Temos pacientes que necessitam de atendimento frequente na Policlínica, e queremos que isso seja um motivo para interagir, de forma positiva, os profissionais que prestam essa assistência na saúde e os pacientes que necessitam de nossos cuidados”, explica. Paula conta que o Prontuário Afetivo é uma dessas medidas que conta um pouco da vida pessoal do indivíduo e quebra o gelo de ser apenas “um paciente”. 

Uma singela placa onde fica o paciente informa dados pessoais, como apelido, gostos pessoais, origem e até o time do coração. Paula reitera que o objetivo é tornar o ambiente mais agradável ao paciente e que ele se sinta em sua zona de conforto.

Sebastião Elias da Silva, de 59 anos, morador de Barro Alto, cidade distante 50 quilômetros de Goianésia, é paciente frequente da Policlínica. Como doente renal crônico, ele necessita fazer hemodiálise três vezes por semana e precisa se deslocar para esse cuidado constante. Sebastião conta que criou uma proximidade com os profissionais que atendem na hemodiálise e considera todos já “quase da família”.

“Um veículo da Policlínica me busca, os dias que venho fazer hemodiálise, e me leva de volta. Aqui eu recebo atenção de todo tipo de profissional da saúde, como médico, psicólogo, nutricionista, e minha vida mudou muito pra melhor. Só tenho a agradecer”, resume. A placa contendo informações de Sebastião conta que ele gosta de ser chamado simplesmente pelo apelido de “Tião”, que torce pelo Flamengo, gosta de pescar e ir à feira, além de curtir “modão romântico”.

Quando perguntado sobre características pessoais para ser informada na placa, ele se autodefiniu “um pouco ranzinza, às vezes” e que tem a virtude de ser “teimoso, mas esforçado”. Os profissionais têm também informações importantes sobre a saúde do paciente, como hipoglicemia, risco de queda e até se consta prevenção de contato.

A diretora Paula Wasconcelos reitera que esse procedimento foi adotado como padrão, para dar maior interação entre as pessoas. “Nossa meta é garantir uma assistência sempre agradável, pautada na excelência profissional e máxima humanização.”

Hélmiton Prateado (texto e foto)/Instituto CEM

 

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