Pesquisa premiada nacionalmente é apresentada durante semana científica

Trabalho analisou dados sobre a doença meningocócica em Goiás e será publicado em livro

A biomédica Dayane de Lima Oliveira apresentou nesta quinta-feira, 07, o trabalho de conclusão do curso de residência sobre o perfil clínico-epidemiológico e laboratorial no Estado de Goiás da doença meningocócica, que é um tipo de meningite bacteriana. O trabalho foi apresentado durante a semana científica da superintendência de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS (Sest-SUS). A pesquisa ganhou o 1º lugar na Área de Ciências e Saúde da Sociedade Brasileira de Progresso à Ciência (SBPC) de 2018 e será capítulo de um livro que deve ser publicado no mês de maio deste ano e divulgado em todo o país pela SBPC.

A residente do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), analisou dados disponibilizados pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) no período entre 2015 e 2017. No total, foram registrados 27 casos em 2015, 19 casos em 2016 e 39 casos em 2017. A pesquisa evidenciou um aumento de casos de doença meningocócica em mais de 100% no Estado de Goiás no ano de 2017, sendo que dos 39 casos deste tipo de meningite, 16 foram notificados no município de Rio Verde.

O estudo constatou também que a doença acomete principalmente crianças. Quanto ao gênero, a prevalência da doença é no sexo masculino (54%). “É necessário uma constante avaliação no comportamento da doença no Estado de Goiás para que ocorra uma vigilância epidemiológica eficaz”, concluiu a biomédica. Na prática, o trabalho pode contribuir com a implementação de políticas públicas para o controle da doença.

Doença Meningocócica

A doença meningocócica é um tipo de meningite bacteriana que causa uma infecção de evolução aguda cujos sintomas são cefaléia, vômito, manchas específicas na pele (chamadas de petéquias) e rigidez de nuca. Transmitida pela via respiratória por meio de secreções, a prevalência dos casos ocorre entre o inverno e início da primavera. Se não for tratada pode levar à óbito em 24,71% dos casos (letalidade média).

Gabriela Dutra, da Superintendência de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS

Foto: Karim Alexandre

 

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