Pesquisa de residência multiprofissional ganha repercussão na imprensa


 

Uma pesquisa realizada no Hospital de Urgências de Goiânia-HUGO, desenvolvida durante Programa de Residência Multiprofissional da Secretaria Estadual de Saúde, ganhou repercussão na imprensa goiana nos últimos dias. Com o tema “Abandono Familiar de pacientes idosos: uma demanda para o/a assistente social no Hospital de Urgências de Goiânia”, a assistente social Andressa Karoline Martins da Silva levantou a problemática de uma séria questão social na cidade. Uma situação de difícil solução, já que a população idosa está aumentando em todo o país.

Segundo Andressa Karoline foi a própria equipe de residência que alertou para a questão dentro do hospital que é um problema recorrente. A pesquisa foi feita em 2014 e acompanhou 10 pacientes com idades variando entre 60 e 69 anos, a maioria homens de baixa escolaridade e com algum tipo de sequela física e/ou mental. Os principais motivos da internação foram dores no corpo e acidentes de trânsito. Como causa do abandono foram levantados problemas familiares, o uso de álcool e outras drogas e a falta de vínculo afetivo.

O principal objetivo do estudo foi compreender a relação entre a alta hospitalar e a alta social, com base no abandono familiar de pacientes idosos em um hospital público de urgência e emergência. A assistente social explicou que muitas vezes o paciente recebe a alta médica, mas não pode sair do hospital pelo alto risco de recaídas já que a pessoa não tem pra onde ir. Por isso o trabalho da assistência social é tão importante visto que quando o idoso volta para ser retratado ele chega em estado mais grave, o que é mais difícil e oneroso.

Como solução Andressa Karoline indica a parceria com instituições públicas ou filantrópicas para o acolhimento desses idosos. Ela lamentou a carência de vagas para esses pacientes visto que o assistente social não tem como garantir os cuidados necessários junto às famílias. Tanto que eles se apegam aos profissionais de saúde, que são seus cuidadores mesmo que temporários, devido ao alto grau de carência afetiva.

 

RESIDÊNCIA

 

Para a nova especialista a residência valeu muito à pena, não só para a carreira profissional quanto para a própria vida. Com a oportunidade de conhecer e vivenciar a rotina de outros departamentos do HUGO como a Central de Transplantes, a Ouvidoria e o Núcleo Interno de Regulação foi possível entender muitos aspectos da complexa engrenagem do sistema público de saúde. Andressa Karoline também fez estágio no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás e no Hospital Materno Infantil, durante o período da residência.

“Me sinto mais preparada para as próximas etapas da vida profissional e até particular. Hoje soumuito mais forte como ser humano”, disse Andressa. Ela contou que teve um bom acolhimento dos tutores e preceptores e, por isso, alcançou uma evolução satisfatória durante o período em que esteve no hospital, apesar da dura rotina que vivenciou. A assistente social acredita que a residência é uma chave que pode abrir muitas portas para o profissional na área de saúde.

Governo na palma da mão

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