Pedal pela Vida da SES leva 200 ciclistas a se mobilizarem pela doação de órgãos

Em sua 3ª edição, evento promovido pela Gerência de Transplantes, com apoio de outras instituições, visa chamar atenção das pessoas sobre o tema do Setembro Verde

Estudante Mateus Silva, de 15 anos, que aguarda por um coração novo, no Pedal pela Vida

Cerca de 200 ciclistas participaram, na manhã deste domingo (29/9), da terceira edição do Pedal pela Vida, evento esportivo que visa chamar a atenção para a importância desse gesto humano, tema do Setembro Verde. A exemplo dos outros anos, o passeio ciclístico, realizado pela Gerência de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, teve como ponto de partida o Bosque do Areião, no Setor Bueno, também ponto de chegada, após trajeto que seguiu até o Shopping Flamboyant, no Jardim Goiás.

“É uma mobilização que envolve pessoas que gostam do ciclismo, de famílias que também se sensibilizam com o tema e que estão conosco apoiando a causa”, definiu a gerente de Transplantes, Katiuscia Freitas, também uma das ciclistas envolvidas.

Ela destaca ainda a participação de instituições parceiras, com o Laboratório X360, que forneceu kits para os participantes; a GoClico, cuja equipe acompanhou todo o percurso; e outras, que oferecem brindes a serem sorteados entre os ciclistas, no final do passeio – entre eles, uma bicicleta. Guiados por um carro de som, os ciclistas ainda contaram com a segurança de agentes da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Mateus Xavier da Silva, de 15 anos, estava lá. Não necessariamente pedalando, devido à sua condição de saúde, mas pilotando uma moto elétrica. Com miocardite restritiva, Mateus aguarda pela doação de um coração.

“Eu descobri faz uns dois anos e cinco meses”, informou o estudante do nono ano garoto, que define o Pedal pela Vida como um ato para chamar a atenção do seu problema, sim, mas também o de milhares de outras pessoas em Goiás e em todo o País. “(O passeio) é importante para mostrar a importância da doação de órgãos, né?”, definiu, confiante em que logo, logo receberá um novo coração.

Caroninha
Outra criança presente no passeio era o pequeno Heitor, de 5 anos – na caroninha da bicicleta do pai, Christian. Segundo a mãe, Aline Ikeda, o menino pedala desde os 9 meses de idade e faz trilha com a família (sempre na caroninha).

“Pedais mais curtos, por exemplo, em ciclovias, ele vai na bicicletinha dele”, conta a mãe, que considera importante a criança pedalar, pois aprende, inclusive, sobre trânsito. “Coisas que você, às vezes, andando de carro não consegue passar pra criança”, explica. “E (aprende) também a questão da doação de órgãos, a importância de a gente ter essa conscientização, porque é de pequeno que a gente aprende”, ensina.

Essa é a esperança de todos os envolvidos na luta pelo aumento da doação de órgãos, a exemplo da gerente de Transplantes, Katiuscia Freitas, que enumera bons resultados em Goiás.

“O mês de setembro já superou o número de doações do ano passado, então a gente acredita e espera que agora as doações aumentem para a gente conseguir pelo menos chegar no número de doações do ano passado ou mais”, deseja, ao enumerar, este ano, 66 doações e 565 transplantes realizados em Goiás. Em 2022, ocorreram 81 doações; no ano passado, 113.

José Carlos Araújo (texto) e Marco Monteiro (foto)/Comunicação Setorial

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