Palestras e minicursos marcam primeiro dia VII Jornada Científica do HDT

Com o tema “HDT: 40 anos a Serviço da Saúde em Goiás”, o Hospital de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT) realizou nos dias 25 e 26 de agosto (sexta-feira e sábado) a VII Jornada Científica da unidade, no auditório da área IV da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Voltado para colaboradores do hospital, profissionais de saúde e estudantes, o evento, promovido pela Diretoria de Ensino e Pesquisa (DEP) do hospital, contou com conferências, mesas redondas, minicursos e debates sobre assuntos atuais relacionados às doenças infecciosas e dermatológicas.

No dia 25 (sexta-feira), a jornada foi aberta na parte da manhã com minicurso coordenado pelo infectologista Luiz Carlos Silva sobre “Atualização em Terapia Antimicrobiana”. As aulas foram ministradas pelos infectologistas, Jose David Urbaez – da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, sobre “Atualização em Antifúngicos” e Christiane Kobal, do HDT, com o tema “Novos ‘DAAs’ no tratamento da Hepatite C”. Na rodada de palestras, o infectologista Alexandre Cunha, do Hospital de Brasília e Laboratório SABIN, atualizou os 74 participantes sobre as pesquisas mais recentes em Tratamento das Infecções em Bactérias Gram Negativas Resistentes. Em seguida, a infectologista Moara Santa Bárbara Borges, que faz parte do corpo clínico do Hospital das Clinicas (HC), da Universidade Federal de Goiás (UFG), falou sobre o mesmo tema, levando em conta as bactérias Gram Positivas Resistentes.

Na parte da tarde, aconteceu o minicurso “Atualização em febres Hemorrágicas”, coordenado pela infectologista do HDT, Luciana Oliveira. O infectologista João Bosco Junior palestrou sobre “Epidemiologia das Febres Hemorrágicas no Brasil”, quando falou sobre as diferenças de vírus da dengue – DEN-1, DEN-2, DEN-3 E DEN-4 – e alertou sobre o tipo DEN-2, que antes não era encontrado em Goiás, mas que, recentemente, houve alguns registros de portadores desse tipo de vírus no estado. O infectologista também mencionou a importância de estar atento aos sinais emitidos nas cidades e da vacinação, para que uma epidemia não aconteça. “Se houver cobertura da vacina nas primeiras manifestações da doença, o número de óbitos diminui”, informou. Para completar o tema de febres hemorrágicas, a infectologista Adriana Oliveira ministrou uma aula sobre “Dengue e Febre Amarela”. A médica chamou atenção para a imunização que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan para combater a manifestação da doença. “Essa promete ser a mais promissora, com dose única e eficácia de 80%”, anunciou.

Logo em seguida, o infectologista Marcelo Ferreira, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), ministrou sobre as doenças endêmicas Hantavirose e Leptospirose, ambas transmitidas por ratos, silvestres e urbanos, respectivamente. Simão alertou sobre a possibilidade de confundir o diagnóstico de Hantavirose com Pneumonia, uma vez que nos dois casos o exame de radiografia acusa uma mancha no pulmão. Para finalizar o primeiro dia da Jornada, o infectologista Rodrigo Nogueira e professor na Universidade de Campinas (Unicamp) dividiu com os profissionais da área da saúde de Goiás um pouco da experiência vivida em São Paulo por meio da pesquisa sobre Febre Maculosa (transmitida pelo carrapato), já que este é o estado que detém o maior número de casos da doença no Brasil. O professor mostrou as características clínicas, como ela ocorre em quem é acometido pela patologia grave, uma vez que o risco de morte é de quase 50%.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo