Fraqueza muscular, problemas cognitivos e transtornos mentais são sintomas que podem acometer pacientes graves durante a internação e após alta médica das Unidades de Terapia Intensiva Depois de sobreviver à uma doença grave e passar por um período de internação em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), muitos pacientes podem apresentar deficiências de longa duração na área da saúde mental e dos domínios cognitivos e físicos. Sintomas como ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático, profunda fraqueza neuromuscular e déficits neuropsiquiátricos e cognitivos compõem a chamada Síndrome Pós-Cuidados Intensivos (PICS), e podem afetar a reabilitação desses enfermos. Para falar sobre a PICS e como seus danos podem ser minimizados, o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) promove nesta quarta-feira (15/02), às 9h30, no auditório da unidade, a palestra Síndrome Pós Cuidados Intensivos: O que é e como podemos reduzir seus efeitos. A exposição será ministrada por José Mário Meira Teles, superintendente Técnico do Instituto Gerir, médico intensivista e ex-presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib). A apresentação tem entrada franca e é aberta ao público em geral. As inscrições podem ser feitas na Diretoria de Ensino e Pesquisa do Hugo, por meio do telefone (62) 3201-4436. As vagas são limitadas. Impactos Conforme o palestrante, embora a PICS seja um tema recente na literatura médica, ela tem despertado grande interesse da comunidade médica, cada vez mais consciente dos desafios e recursos necessários para que o paciente volte a ter um bom estado funcional. “É uma doença que gera impactos sociais e econômicos, já que muitas pessoas ficam incapacitadas de retornar às atividades normais. Por isso, é fundamental o acompanhamento multidisciplinar de pacientes graves de UTI’s. Durante a internação, podem ser implantadas ações como a utilização criteriosa de sedativos, controle adequado da dor e extensão de visitas dos familiares. No entanto, é no pós-alta hospitalar que os profissionais de saúde fazem a diferença, identificando os pacientes em risco e com algum sintoma da PICS para que recebam o tratamento adequado”, explica José Mário. Alguns países já criaram clínicas de acompanhamento de rotina de cuidados pós-UTI, onde os sintomas e o estado funcional do paciente podem ser avaliados e os recursos utilizados conforme a necessidade. Educar as famílias e prestadores de cuidados de saúde primários sobre a internação na UTI e possíveis déficits relacionados é importante para orientar, cuidar e garantir os recursos necessários para ajudar o enfermo a se recuperar.

Serviço Palestra Síndrome Pós Cuidados Intensivos: O que é e como podemos reduzir seus efeitos Data / horário: 15 de fevereiro (quarta-feira), às 9h30 Local: Auditório do Hugo (Av. 31 de Março esq. c/ 5ª Radial, Setor Pedro Ludovico) Informações e inscrições: 3201-4436 (Diretoria de Ensino e Pesquisa)