Outubro Rosa: Hecad alerta sobre importância da imunização contra HPV na infância

Crianças e adolescentes vacinados contra o Papilomavírus Humano produzem quantidades maiores de anticorpos neutralizantes em comparação com pessoas adultas

Profissional de saúde aplica imunizante em criança, um direito assegurado pelo Sistema Único de Saúde

No mês dedicado aos cuidados com a saúde da mulher, o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) realizou, na terça-feira (10/10), um alerta sobre a importância da vacinação de crianças e adolescentes contra o Papilomavírus Humano (HPV).

“A vacina estimula o organismo a produzir anticorpos que vão agir contra o HPV. Em crianças e adolescentes, essa produção de anticorpos neutralizantes é significativamente maior do que em adultos. Além de ser mais efetiva, a imunização na infância – quando ainda não há atividade sexual e exposição ao vírus – auxilia na redução da circulação do HPV”, explica o diretor técnico da unidade, pediatra André Resende.

O Papilomavírus Humano é responsável pelo câncer de colo do útero, o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres em Goiás e o quarto tipo de câncer mais letal para o público feminino no Estado.

“O HPV é um grupo com mais de 200 tipos diferentes de vírus que podem causar câncer no ânus, vulva, vagina, pênis, orofaringe e colo de útero. A vacina é a forma mais eficaz que temos para prevenir a infecção e cânceres evitáveis”, explica a pediatra Priscilla Lima, coordenadora médica do Hecad.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil são portadoras de HPV e 700 mil novos casos de infecção pelo vírus devem surgir anualmente.

A vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente para meninas e meninos de 9 a 14 anos, e o esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de seis meses. “Os pais devem manter sempre atualizado o cartão de vacinas das crianças e ter atenção para assegurar a imunização com a segunda dose no prazo correto. Vale lembrar que o cuidado com a saúde da mulher, tão evidenciado pelo Outubro Rosa, precisa começar ainda nos primeiros anos de vida”, afirmou André Resende.

Vitória Caetano/Agir

Foto: arquivos SES-GO

 

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