Oficina tripartite discute estratégias para cirurgias eletivas

Encontro foi realizado em Brasília e reuniu técnicos de todos os estados para debater soluções para a diminuição das filas de cirurgias eletivas

As estratégias para a ampliação do acesso às cirurgias eletivas no Brasil foram discutidas na última semana na sede do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), em Brasília. O encontro reuniu membros do Conass, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), do Ministério da Saúde (MS), da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) e de secretarias de outras regiões do Centro-Oeste e do Sul.

Durante a oficina, os técnicos debateram soluções para a aplicação de recursos financeiros do teto do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec) na realização de cirurgias eletivas. Os técnicos avaliaram que o atual modelo não tem impactado de forma efetiva na redução das filas de espera para a realização dessas cirurgias.

O encontro proposto pelo MS permitiu que técnicos da SES e de outros estados apresentassem os diagnósticos levantados em cada ente federativo, proporcionando um diálogo com maior precisão das situações de cada região do país. A técnica da Superintendência do Complexo Regulador em Saúde de Goiás, Carita Cristina Margarida de Castro, representou Goiás durante a oficina e avaliou como positiva a inovação implantada pelo MS em reunir os estados para debater medidas mais resolutivas para as cirurgias eletivas.

“Apresentamos que o atual modelo de disponibilização dos recursos necessitam da realização ‘às pressas’ de um processo complexo de pactuação em CIB e outras instâncias e, posteriormente, a contratualização dos municípios com seus prestadores de serviços, que impacta na redução da eficiência operacional e funcional de execução de cirurgias eletivas no estado”, disse.

Carita Cristina de Castro explicou que a fragmentação da fila de espera por cirurgias eletivas em Goiás também é um ponto negativo, visto que não se pode mensurar a quantidade de pacientes que aguardam por cirurgias em todo o estado. “É necessário um sistema que faça a integração das filas de espera para que tenhamos acesso a esses dados e o diagnóstico das necessidades”, observou. Para ela, saber a demanda oficial por cirurgias eletivas é fundamental para que se possa traçar estratégias para a diminuição das filas de espera.

Atualmente, pelo menos 40 municípios goianos executam cirurgias eletivas e os recursos do teto Faec colaboram para a manutenção desses serviços por todo o estado. Para a técnica, essa reunião foi um marco, visto a adesão de todos os entes federativos e a apresentação de propostas de cada região para aperfeiçoar e diminuir as filas para cirurgias não urgentes.

Avaliação

Para a técnica da SES, as informações colhidas durante a oficina poderão promover mais qualidade nas estratégias de atendimento para as cirurgias eletivas em todo o país já para o próximo ano. Ao reunir os técnicos dos estados e municípios, o encontro permitiu uma interação e debate dos problemas enfrentados em cada região. “Vejo como positiva essa proposta do Ministério de maneira tripartite, reunindo União, Estados e municípios, para que possam colocar em prática os diagnósticos apresentados pelos técnicos”, finalizou.

Felipe Cordeiro, da Comunicação Setorial

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