“O governador pensa na Saúde 24 horas por dia e acompanha de perto as decisões”

Em entrevista à TV Brasil Central, o secretário Sérgio Vencio apresenta um panorama da Saúde estadual e destaca o cuidado que o governador Ronaldo Caiado tem com o tema, também por ser médico

Secretário Sérgio Vencio durante entrevista a Danuza Azevedo, no Jornal Brasil Central, da TBC

A regionalização e democratização da saúde, com a distribuição de unidades da rede estadual em todas as regiões de Goiás, foi um dos destaques da entrevista do secretário estadual de Saúde, Sérgio Vencio, ao Jornal Brasil Central da manhã desta sexta-feira (14/04), na TV Brasil Central. À apresentadora Danuza Azevedo, o secretário também elogiou a série de reportagens Foco na Saúde, produzida pela TV estatal, que apresentou esclarecimentos sobre como é feito o atendimento do Sistema Único de Saúde por Estado e municípios. 

Sérgio Vencio falou ainda sobre as cirurgias eletivas, cujo plano de ação enviado por Goiás foi elogiado, em Brasília, pelo Ministério da Saúde, e sobre a preocupação do governador Ronaldo Caiado em viabilizar recursos para tornar a Saúde goiana ainda mais eficiente e acessível a todos sem estourar o teto de gastos. “A população pode ter certeza de que ele (o governador) vive isso aí como médico, 24 horas por dia. E ele é único governador médico do País.”

A importância da prevenção na saúde
“Quero agradecer imensamente a ABC (Agência Brasil Central) por esse serviço – série Foco na Saúde, produzida pela TV Brasil Central. A série, disponível no Youtube da ABC e da SES, fez diferenciar os diversos níveis de atendimento da saúde. A série revelou um ponto gravíssimo: a população brasileira ainda não tem o costume da prevenção, do cuidado com a saúde. Então, as pessoas preferem ir a unidades de emergência, porque vai ser atendido e não precisa marcar (consultas), e esquece que tem que ter um acompanhamento. Todos precisam manter rotinas de acompanhamento da própria saúde, saber se tem diabetes, como está o colesterol, parar de fumar… E isso é feito nas unidades básicas de saúde com agendamento. 
Mas as pessoas criaram uma cultura de somente procurar unidades de saúde de urgência, não só do Estado, também os municípios, lotando os hospitais como Hugol e Heapa e até mesmo as UPAs, por exemplo, que são de pronto-atendimento, com casos que poderiam ser resolvidos em consultas eletivas agendadas, sem sobrecarregar o sistema”. 

A parceria entre Estado e municípios na divisão dos atendimentos de saúde
Sérgio Vencio esclareceu que municípios são responsáveis pela atenção primária, que é a principal. A grande maioria dos atendimentos deve acontecer nas unidades de saúde, começando pelos agentes de saúde, pela medicina baseada em saúde da família, no contato multiprofissional, com enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, médico. “Já os casos mais graves, aí sim, eles vão para as unidades hospitalares mais complexas, podendo chegar até o Estado, que é a medicina de média e alta complexidades. A gente sabe que municípios grandes (Goiânia, Aparecida, Rio Verde, Anápolis, outros também) têm também uma estrutura de alta complexidade, mas a maioria dos municípios, mais de 70%, têm menos de 10 mil habitantes e conseguem ter esse atendimento complexo, mas conseguem, no dia a dia, com os agentes de saúde, com os clínicos, cirurgiões, ginecologistas, pediátricas”,  explicou ele.

Segundo o secretário de saúde de Goiás a  maioria dos casos não precisa de um especialista. O Estado, seja através de policlínicas, seja através de suas 24 unidades hospitalares complexas, consegue trazer especialidades, como neurocirurgias, cirurgias cardíacas, cirurgias pediátricas, e assim por diante, num custo de mais de R$ 2 bilhões por ano. 
“Por isso, a diferenciação das unidades conforme o perfil é importante, porque ela é importante. Se estou deixando de ir a um posto de saúde e estou ‘entupindo’ unidades sem necessidade. Não é o problema procurar urgência e emergência, isso a pessoa que se sentir mal tem de fazer mesmo. Mas se posso fazer uma consulta agendada e eu escolho, por comodidade minha, ir para uma unidade altamente complexa, como o Hugol ou Hecad, o custo da saúde aumenta muito e não sobra para atender quem precisa”, pontua.

Porque o paciente precisa de um médico que o acompanhe?
“A gente teve um exemplo na iniciativa privada, aqui em Goiânia, acho que é pioneiro no Brasil, inclusive, a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás) abriu uma APS (Atenção Primária da Saúde) privada, porque o paciente precisa de um médico que o acompanhe”, esclareceu Vencio. 
Ele explique que  na atenção primária, os médicos são treinados para isso, os enfermeiros, assistentes sociais, todo um conjunto de capacitação pra que a pessoa tenha um “dono”, de forma que aquela unidade de saúde conhece aquele paciente e, a partir dali, ele vai ser encaminhado de acordo com a necessidade.

A democratização da saúde com unidades espalhadas pelo Estado 
“Nós estivemos, ontem, com a ministra (da Saúde) Nísia Trindade, e o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde (MS), Helvécio Magalhães, e eles ficaram impressionados com o que o governador Caiado construiu. Em 2019, quando ele assumiu o governo, 92% dos atendimentos do Estado eram feitos em Goiânia.  Ele estadualizou sete hospitais, construiu outros, ampliou a rede, construiu seis policlínicas, de forma que nós estamos cada vez mais aumentando mais essa capilaridade, para que a pessoa não precise se transportar por 400 quilômetros para fazer uma hemodiálise, como era feito antes de o governador assumir. Inclusive, a ministra ficou muito interessada em conhecer a Policlínica de Formosa, para entender essa ideia, que começou no Ceará.

Nós sabemos que unidades ultracomplexas, como o HGG, Hugol e Hecad, obviamente, é muito difícil manter isso no interior muito distante, e eles vão continuar em Goiânia. Mas a população do Nordeste Goiano, do Norte, Entorno de Brasília, ela também precisa de um atendimento de especialistas ao lado da casa dela. Então, as policlínicas hoje têm mais de 20 especialidades, têm leitos de hemodiálise, vans com os municípios transportando esses pacientes com comodidade. E o governador vai inaugurar a primeira etapa do Hospital de Águas Lindas este ano ainda e vai fazer o complexo oncológico, que vai ser um centro de referência nacional para o tratamento do câncer. 

Mais celeridade na fila das cirurgias eletivas
“Nós ficamos muito satisfeitos ontem, na visita com a ministra, ao apresentar o que foi feito, de unificar, juntamos com os 246 municípios e, pela primeira vez, colocamos todos os pacientes numa fila única. Então, hoje nós sabemos o número. Acabei de receber o prefeito de Águas Lindas e disse para ele: hoje a SES sabe falar para o prefeito quanto custam as cirurgias eletivas de cada município. E a ministra falou: “Isso é inédito, não em Goiás, mas no Brasil”. Não tem nenhum Estado que tem essa informação. Só Goiás tem. O governo federal deu R$ 20 milhões e o Estado vai entrar com mais R$ 20 milhões e esse dinheiro vai ser trabalhado com os municípios, com a supervisão do Cosems (Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de Goiás). Então, nós vamos só operacionalizar. 

Emendas para cirurgias
Toda essa decisão vai partir dos municípios de uma forma de democratizar e regionalizar a saúde, estimulando que hospitais do interior possam absorver essa demanda. Nós estamos longe, obviamente de atender toda a fila, por falta de dinheiro. Nós temos a estrutura, mas não temos dinheiro suficiente. O Estado faz em torno de 5 mil cirurgias/mês, mas todos os meses entram de 5 mil a 6 mil novos pacientes para o Estado. Sem falar os municípios que também fazem muitas cirurgias. 

As pessoas podem ter a ideia de que a fila anda, mas outros entram, e por isso a fila está sempre crescendo. Nós temos um número absurdo de cirurgias no Estado. Mas nós estamos indo atrás. Na Assembleia, discutimos a ideia do deputado Gustavo Sebba de sugerir que emendas parlamentares pudessem ser usadas com esse fim específico. Já que a gente agora conhece essas filas de cirurgias eletivas de cada município, cada deputado pode dar “x” para tal cidade. E vamos dizer pra ele: esse dinheiro é capaz de operar fulano, CPF tal e tal cirurgia, vamos dar toda a lista para eles e tudo isso pode ser acompanhado pelo MP, pelo Cosems, para uma transparência total”, explica Sergio Vencio 

Os dialógos de médico para médico com Caiado
“O governador, inclusive, conversou com a ministra Nísia, e disse: “olha eu não tenho dormido com a preocupação de todo o  investimento que nós precisamos fazer com a saúde e, ao mesmo tempo, não estourar o teto de gastos”. Então, ele vive isso 24 horas por dia. Nós conversamos todos os dias. Ele, até hoje, tudo que solicitei, ele atendeu, obviamente têm as questões financeiras – a gente tem essa perda absurda de ICMS de R$ 580 milhões, isso é um problema para a saúde. Nós estamos com dificuldade de fechar a própria conta da SES sem estourar os gatos. Mas a população pode ter certeza de que ele (Caiado) vive isso aí como médico, 24 horas por dia, e ele é único governador médico do País”. 

Atendimento ao câncer e humanização da saúde
“O Cora tem um desenho completamente diferente, é uma planta americana, uma ideia muito inovadora, tecnológica, pra atendimento do câncer. É um investimento absurdo, e é o grande legado da saúde, não só ele, mas talvez o principal. Vai ser muito difícil um hospital privado que vai chegar perto do que o Cora vai oferecer para a população.  Nós começamos a terraplanagem, estamos acompanhando. O TCE (Tribunal de Constas do Estado) montou um grupo para dar celeridade às obras, com a Fundação Pio 12, do Hospital de Barreto, Hospital do Amor, reconhecido mundialmente pela extrema qualidade com o cuidado com o câncer.

A expectativa é que o final do ano que vem inaugurar a ala pediátrica, que já é dimensionada para atender todo o Centro-Oeste e norte, não é só para Goiás, porque o câncer infantil é uma doença muito triste, que judia muito da família. Então, o governador teve essa visão de não acolher somente os nossos daqui, mas de outras regiões. O nome, não é à toa, Complexo Oncológico de Referência, é também uma homenagem à nossa poetisa Cora Coralina. E humanização do hospital é o que a gente está tentando, não só no hospital, que entra como um projeto estratégico do Governo de Goiás, e já foi aprovada pelo governador fazermos a humanização de todas as ações da Saúde em Goiás”, esclareceu o secretário.

José Carlos Araújo (texto) e Iron Braz (fotos)/Comunicação Setorial

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