No mês voltado ao combate da Hanseníase, HDT reforça conscientização sobre a doença

No último domingo de janeiro é comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. Conhecida antigamente como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e que afeta primariamente a pele e nervos periféricos, o que faz com que tenha alto poder de causar incapacidades e deformidades físicas.

No último domingo de janeiro é comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase. Conhecida antigamente como lepra, a hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e que afeta primariamente a pele e nervos periféricos, o que faz com que tenha alto poder de causar incapacidades e deformidades físicas. É uma das doenças mais antigas assinaladas pela humanidade, com casos registrados há mais de 4000 anos, na China, Egito e Índia. Se tratada, a Hanseníase tem cura.

Segundo a Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), no Brasil, são registrados cerca de 30 mil casos por ano, incluindo adultos e crianças, o que o coloca o país no segundo lugar com mais casos da doença, atrás somente da Índia. Em 2016, foram 25.048 notificações da doença. Já em Goiás, em 2016, foram registrados 1.420 casos novos; e em 2017, 1.217 casos (taxa de detecção 18,2/100,000 habitantes). No estado, 84% dos casos detectados foram curados, porcentagem considerada como regular de acordo com os parâmetros da Organização Mundial da Saúde.

Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre a doença, o Hospital Estadual de Doenças Tropicais dr. Anuar Auad (HDT), referência no tratamento de doenças Infectocontagiosas e dermatológicas, apoia a causa e incentiva a prevenção e a busca rápida por assistência no caso de pacientes que apresentem os sintomas, que são, principalmente, manchas brancas ou avermelhadas na pele com perda de sensibilidade. ”É importante procurar logo o médico, pois quanto mais cedo o diagnóstico e tratamento, mais cedo vem a cura e o paciente para de transmitir a doença, fechando a cadeia de transmissão”, explica a dermatologista e coordenadora do Ambulatório de Hanseníase do HDT, Mirian Lane Castilho.

A médica informa ainda que a transmissão da doença se dá pelas vias áreas superiores (tosse ou espirro), de uma pessoa doente sem tratamento, para outra, após um período de contato prolongado.  “O tempo entre contágio e aparecimento dos sintomas varia de dois a cinco anos. Embora tenha cura, a doença pode provocar graves incapacidades físicas se o diagnóstico demorar ou se o tratamento for inadequado”, salienta a médica, que lembra que o tratamento para hanseníase é gratuito em todo o território nacional, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Na área dermatológica, grande parte de internação no HDT é de casos de Hanseníase. O paciente T.R.S, de 21 anos, descobriu que estava com a doença em setembro do ano passado. “Procurei um hospital por causa de um machucado na perna. Como a ferida não cicatrizava, me encaminharam para o HDT, onde fui diagnosticado com Hanseníase. No começo foi difícil, muita gente tem receio dessa doença. Mas estou fazendo o tratamento direito, então, acredito que vou ficar curado logo”, disse.

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