Municípios das Regionais Sudoeste I e II conhecem resultados do Goiás Contra o Aedes

Nos eventos são entregues aos prefeitos cartas de indicadores no combate ao Aedes aegypti

Em janeiro deste ano, o município de Aporé, na região Sudoeste de Goiás, foi classificado como local de alto risco para a infestação do mosquito Aedes aegypti. Quatro meses depois, o cenário é diferente. Houve a notificação de apenas um foco do mosquito, que foi encontrado no cemitério da cidade. Os números positivos de Aporé são um reflexo da força-tarefa Goiás Contra o Aedes, que desde o início do ano promove ações em todos os 246 municípios goianos em combate ao vetor da dengue, zika e chikungunya.

Para apresentar o balanço de quatro meses da campanha aos gestores municipais de cidades da Região Sudoeste do Estado, o secretário Leonardo Vilela esteve nesta terça-feira, 10, em Jataí e Rio Verde, municípios-sede das Regionais de Saúde Sudoeste II e I respectivamente. “É notório que Goiás se tornou, nesse curto tempo, uma referência nacional no combate a esse mosquito. Fomos elogiados recentemente pelo ex-ministro da Saúde, Marcelo Castro, e várias autoridades sanitárias estão interessadas em saber o que Goiás tem feito para ter números tão expressivos na eliminação de focos do vetor”, destacou Vilela durante os dois encontros.

Os encontros em Rio Verde e Jataí fazem parte de uma série de mobilizações que acontecerão nesta semana, entre os dias 10 e 12 de maio, nas 18 Regionais de Saúde de Goiás. Entre os resultados apresentados está a redução em 90% do número de focos do vetor em Goiás. O percentual de domicílios com criadouros do mosquito reduziu de 3,99%, em janeiro, para 0,39%, em abril – queda de 90%. No período de quatro meses houve a eliminação de 100 mil focos por meio do Goiás Contra o Aedes e, segundo o secretário, como cada criador tem o potencial de produzir cerca de mil larvas, “podemos afirmar que foi possível impedir o surgimento de aproximadamente 100 milhões de mosquitos”.

Falando sobre a meta do erradicar o Aedes aegypti do território goiano, Leonardo Vilela citou sobre a auditoria que está sendo realizada pela SES em seis municípios que podem ser os primeiros do Estado classificados como “Aedes Zero”. Segundo ele, em pouco tempo será possível registrar os primeiros casos de cidades que não possuem notificações de criadouros. Para ilustrar o sucesso da campanha, o secretário lembrou ainda que atualmente recebe uma grande demanda da área acadêmica para usar os dados da força-tarefa em teses de cursos de mestrado e doutorado.

A redução da infestação do Aedes reflete no número de casos de dengue no Estado. Nesse sentido, foi lembrado que na última semana houve a notificação de cerca de dois mil casos. No mesmo período do ano passado, eram nove mil registros. “Esse é um dado concreto que mostra que as operações contra o mosquito estão tendo efeito significativo na saúde da população, com menos pessoas doentes, que podem desenvolver sua atividade profissional”, diz o secretário de Estado.

De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros Militar, Marcos Vinícius, o trabalho é incansável. Em cada ciclo, com duração de um mês, são estabelecidas várias estratégias para cada realidade. “Por exemplo, em Doverlândia, foi identificado que a maioria dos moradores trabalhavam na zona rural e não estavam nas residências quando o agente passava para a vistoria. Por isso fizemos um grande trabalho de conscientização”, disse o bombeiro.

Ele lembrou ainda que um foco é capaz de produzir uma geração de mil mosquitos e infestar toda uma cidade. Cerca de 600 bombeiros de todo o Estado estão envolvidos com as ações. Para Vilela, a experiência dos bombeiros em planejamento, execução e avaliações de ações está sendo fundamental para o sucesso da força-tarefa.

Gestores municipais elogiam o trabalho

Nas duas reuniões, foram entregues as cartas aos prefeitos revelando indicadores do seu município sobre o Aedes. Foram apresentados, por exemplo, mapas da evolução das ações do Goiás Contra o Aedes nos quatro primeiros meses do ano de 2016; um comparativo dos casos de dengue nos anos de 2015 e 2016; o percentual de imóveis com foco de Aedes e de imóveis visitados no município, desde janeiro a abril desse ano.

Para o secretário de Saúde de Jataí, Amilton Fernandes, a parceria com o Estado é fundamental na guerra contra o Aedes. “Temos feito um trabalho nesse sentido desde 2009, mas foi nesse ano que atingimos os melhores resultados”, diz. O município reduziu de 1,60% dos imóveis com foco, em janeiro, para 0,33%, em abril. O prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, ressaltou que as ações estão no caminho certo. “A única maneira de eliminar o Aedes é a união de todos, Estado e sociedade. Isso vem acontecendo no Goiás Contra o Aedes”, finalizou.

Governo na palma da mão

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