Em sua segunda edição, o projeto Sons que Curam resgata tradições brasileiras com a cantora Alanna Godoy, que apresentou clássicos da MPB na unidade de saúde do Governo de Goiás

Ouvir canções de artistas renomados alimenta a alma. E ser surpreendido com uma boa música enquanto se está em um hospital, não tem preço. Foi isso que pacientes, acompanhantes e colaboradores do Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa) sentiram na quinta-feira (20/7), ao receberem a apresentação da cantora e compositora Alanna Godoy, durante a segunda edição do projeto Sons que Curam.

Com sucessos de Elis Regina, Alceu Valença e outros cantores de MPB , Alanna Godoy, acompanhada do doce som de um violão, levou emoção e arte para enfermarias, áreas administrativas e corredores da unidade do Governo de Goiás.

"Isso serviu para lembrar que temos uma vida lá fora, nos dá forças, renova e traz uma alegria muito grande, pois a arte tem esse dom. Ela tem uma voz muito linda, muito revigorante, trazendo uma alegria, um aconchego", disse a pedagoga Maria da Guia, que está acompanhando o pai, internado há cinco dias no Heapa.

Dona de uma voz potente, Alanna contou que esta foi a primeira vez que esteve em um hospital para apresentar seu talento artístico, ainda mais sendo representante de um projeto tão importante como este. "Não sabia que eu receberia tanto amor de volta, acabei me surpreendendo. Em cada quarto que eu passei, mesmo cantando na porta ou de longe, consegui quebrar essa tensão que eles estavam sentindo aqui dentro", frisou a cantora. 

Weslayne de Jesus Souza, de 28 anos, definiu a visita de Alanna com uma palavra: gratidão. "Estar aqui é exaustivo, ainda mais eu que estou aqui há 24 dias para tratar uma pancreatite. Então, quando ela entrou no quarto, o dia se encheu de felicidade novamente, trouxe muito sentimento bom. Parabéns pela iniciativa do Heapa em fazer isso", enfatizou a paciente.

Jânio Ferreira Freitas, por sua vez, estava deitado e recebeu a cantora com um sorriso largo no rosto. "Ela é extremamente talentosa. Eu me surpreendi quando ela entrou cantando esse repertório, que é um pouco antigo para a idade dela. Me senti nas nuvens ao ouvir a voz dela, foi uma benção", destacou Jânio, que está há três semanas no Heapa, para tratamento de uma fratura no ombro.

Complemento terapêutico
Previsto para ocorrer uma vez em cada mês, o projeto Som que Curam é itinerante e tem a música como complemento terapêutico, percorrendo enfermarias, UTIs e áreas administrativas do hospital, levando música para os pacientes, acompanhantes e colaboradores.

O principal objetivo do projeto é proporcionar momentos de alegria, descontração, solidariedade e conforto por meio da música, reduzindo o estresse e quebrando a rotina de dor, ansiedade e tristeza dos pacientes e familiares.

Yasmine de Paiva Eliel (texto e foto)/Comunicação Setorial