“Ter empatia no trânsito, colocar-se no lugar do outro vai muito além, para torna o trânsito mais seguro” explica Joabete Xavier Costa diretora do Sest/Senat, que trabalha há anos com o setor do transporte, seja terrestre, aéreo ou ferroviário. Ela participou da abertura do 6º Seminário de Saúde Pública e Trânsito, – Cidades para Pessoas, que acontece todo o dia desta 5^a.feira, 19/09, no auditório do Sest/Senat, sob a coordenação do Observatório de Mobilidade e Saúde Humanas de Goiás/Coordenação de Vigilância de Violências e Acidentes/GVE da Superintendência de Vigilância em Saúde/SES, e conta com a parceria do Programa Educando e Valorizando a Vida, de UEG. O superintendente da Suvisa/SES João Ferreira de Morais, na abertura dos trabalhos falou da dificuldade das pessoas em transitar pela cidade, e exemplificou a situação de vias públicas próximas ao órgão que dirige, onde é difícil a travessia das duas pistas na Avenida 136 no Setor Sul. Explicou que já solicitou providências aos órgãos competentes para facilitar a locomoção dos mais de 700 servidores da pasta, além das demais pessoas que trabalham em prédios particulares e que circulam na região, mas a resposta tem sido negativa.

O objetivo do fórum visa reafirmar o espaço de discussão e debates de realizações exitosas, com trabalhos de comissões científicas de pesquisadores de diversas áreas de conhecimento, envolvendo mobilidade urbana, saúde, trânsito, educação, tecnologia, acessibilidade, direito. Tudo em função do levantamento dos modos ativos de transporte, como a bicicleta, planejamento urbano, entre outros, para melhorar a mobilidade urbana, ao direito das pessoas se deslocarem e acessarem os diversos serviços. São palestras, debates e apresentações de trabalhos científicos. O evento reúne professores, estudantes, profissionais da saúde e usuários do trânsito e dos serviços de saúde para discutir as interfaces entre saúde, mobilidade humana e segurança no trânsito.

 O fórum é de iniciativa da coordenação do Programa Educando e Valorizando a Vida, da UEG, sob a organização de professores de Anápolis, Cidade de Goiás e Minaçu. A proposta visa contribuição do setor da saúde para reedução da mortalidade por acidentes de trânsito, apresentar as práticas adotadas para gerir os deslocamentos de pessoas e veículos nas cidades e propor novas formas de Pensar Cidades mais seguras para toda a sociedade, contribuir para a produção, difusão de conhecimentos e princípios para a mobilidade urbana sustentável para todos, e finalmente, criar um espaço de discussão acadêmica sobre o cenário nacional para se pensar as políticas públicas que favorecem os transportes individuais em detrimento do transporte coletivo no Brasil e em Goiás.

A realização desse trabalho ficou por conta da UEG, SES e Conselho de Arquitetura de Goiás (CAU/Go). E mostra o atual cenário dos acidentes de transportes terrestres em Goiás:

Faixa etária com maior frequência 2017 = 20 à 34 anos = 498 óbitos 30,3% do total de óbitos.

Óbitos em motociclistas 2017 = 31,3% do total de óbitos, representando a categoria que mais morre.

Maria do Rosário Mesquita

Assessora de Imprensa da Suvisa/SES