Maternidade Nossa Senhora de Lourdes discute apoio psicológico na gravidez

A I Jornada de Psicologia Perinatal do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HMNSL) realizado nos dias 11 e 12 de setembro, no auditório da unidade, teve como foco o acompanhamento psicológico de gestantes desde o pré-natal até o luto na gestação. Também foi discutido o parto humanizado e apresentados trabalhos sobre síndrome de down, gravidez na adolescência e sintomas durante a gravidez que podem gerar depressão e aspectos emocionais em mulheres após a interrupção do período gestacional.

Com a participação de cinquenta inscritos, o evento contou com psicólogos, enfermeiros, médicos, doulas e terapeutas holísticos. Para iniciar, as psicólogas Alessandra Arrais, Bianca Andrade e Luciana Rocha explicaram para as gestantes, a importância do acompanhamento pré-natal psicológico e também sobre psicologia perinatal que atua na saúde mental dos bebês e das mães desde a concepção até o pós – parto.

 “A vida após o nascimento do filho é muito romantizada, mas a realidade é diferente. As mulheres precisam entender que as decepções são normais e vão acontecer. Por isso é tão importante o pré-natal psicológico. Não se pode focar apenas no físico é preciso cuidar dos aspectos psicológicos também”, destacou Alessandra. No evento também foi discutido o parto humanizado, o plano de parto e a importância do acompanhante durante o nascimento.

Câncer de Mama

No segundo dia da jornada, o ginecologista Célio Vidal palestrou sobre o câncer de mama na gestação. “Os fatores de riscos e o prognósticos são os mesmos de qualquer outro momento da vida. O que muda é o tratamento mais indicado, sendo que a radioterapia não é feita. Já a quimioterapia pode ser realizada, desde que avaliado o benefício ou prejuízo à mãe e ao bebê”, destacou.

A psicóloga Karla Cerávolo palestrou sobre luto na gestação. Além de contar sobre experiência em atendimentos a pais que perderam os filhos, ela cantou músicas autorais sobre o tema e explicou como os psicólogos podem ajudar as famílias que passam pela situação. “É preciso falar sobre o assunto com os pais, trazê-los para o mundo real, mesmo que seja difícil. E fazê-los entender que não é preciso ter medo de amar de novo”.

A coordenadora do núcleo de psicologia da unidade, Viviane Ferro, disse que a intenção do encontro foi envolver profissionais que vivenciam outros contextos da psicologia na gravidez para trocar informações e construir formas mais próximas e adequadas para acompanhamento das pacientes.

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