Maternidade do Estado promove debate sobre saúde mental no ambiente de trabalho

Na manhã desta quarta-feira (30 de janeiro), o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes recebeu uma palestra promovida pelo setor de Recursos Humanos do Instituto de Gestão e Humanização (IGH) – Organização Social que administra a unidade – sobre saúde mental no ambiente de trabalho, ministrada pelo psicólogo Fernando de Assis Mota. O encontro se deu em prol da campanha Janeiro Branco, que tem como objetivo a conscientização sobre a importância de zelar pelos aspectos psicológicos.

O palestrante deu início questionando aos presentes – cerca de 35 colaboradores – como está a saúde mental daqueles que atuam na área da Saúde Pública. “Muitas vezes os profissionais da saúde não falam sobre suas angústias, estresse e se colocam em uma posição em que devem estar intocáveis. Mas é preciso falar sobre seus sentimentos, conversar com o colega, e muitas vezes isso faz com que os dois saiam mais leves desse diálogo, porque percebem que não é só com eles”, afirma.

Fernando levou ainda dados para os participantes. De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde, em 2016, a atenção para o impacto dos riscos psicossociais e estresse relacionado ao trabalho tem crescido nos últimos anos. Isso porque, segundo ele, são vários os fatores laborais que podem levar a problemas psicossociais. Entre os citados, estão a sobrecarga de trabalho; ritmos excessivos; condições precárias; insegurança no emprego; grande responsabilidade com pouca autonomia; ausência de reconhecimento; e pressão por resultados ou produtividade.

“A consequência da associação desses fatores podem gerar em episódios depressivos e até em uma síndrome de Burnout, que é um distúrbio psíquico precedido de esgotamento físico e mental intenso”. Para melhorar esses fatores, Fernando afirmou que todos podem ajudar quem trabalha ao seu lado. “É preciso ser e promover saúde, ser rede de apoio dos colegas, estar pronto para ouvir, entender o sofrimento dele e não julgá-lo, além de reconhecer a sua importância para o bom andamento do serviço”, orientou o palestrante.

Loízia Paiva, do Instituto de Gestão e Humanização

Foto: Divulgação IGH

 

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