Mais de 1 milhão de pessoas foram vacinadas contra Influenza em Goiás
Goiás supera meta da vacinação contra Influenza, com a cobertura vacinal de 83,75%
A Campanha de Vacinação Contra a Influenza 2016 termina nesta sexta-feira, 20, com números positivos para o Estado. Foram imunizadas, até esta manhã, 83,75% do público-alvo da campanha, correspondendo a 1.021.260 pessoas. Com isso, Goiás superou a meta de 80% estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS) e está entre os nove estados que superaram a meta. As informações foram divulgadas hoje durante coletiva de imprensa do secretário de Estado da Saúde, Leonardo Vilela.
Segundo ele, o percentual de cobertura vacinal aumentará à medida que as secretarias municipais de Saúde informarem à SES seus dados de vacinação. “Os municípios tem até o início de junho para enviar as informações das doses aplicadas. Por isso, a expectativa é chegar a um índice de cobertura superior a 90%”, lembra.
O Estado já recebeu do MS todas as 1,533 milhão de doses de vacina, que foram aplicadas em crianças até 5 anos, gestantes, trabalhadores da saúde, parturientes com até 45 dias, portadores de doenças crônicas, sentenciados e adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. De acordo com os dados da SES-GO, estão incluídas nesses grupos 1.433.414 pessoas.
Segundo Vilela, não haverá prorrogação da campanha, uma vez que todas as cidades goianas receberam o quantitativo suficiente para a população-alvo. “O ministério não enviará mais doses. Estivemos com o ministro da Saúde nesta semana e foi comentado que a quantidade de doses produzidas foi suficiente para atender a demanda de todo o País”, ressalta.
Vilela também destacou que somente o grupo de gestantes e crianças não atingiram a meta de 80%, com 69.94% e 74.09%, respectivamente. De acordo com o secretário, a SES já orientou as Secretarias de Saúde a darem prioridade aos dois grupos. Leonardo Vilela comentou que alguns grupos prioritários não atingiram a meta em função de dificuldades operacionais para a aplicação da vacina, como moradores de zona rural, assentamentos, distritos, entre outros.
Boletim SRAG
Durante a coletiva, o secretário Leonardo Vilela divulgou o 11º Boletim da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de Goiás, com informações de 3 de janeiro a 17 de maio (20ª Semana Epidemiológica). Foram registrados 587 casos de SRAG no Estado em 2016, dos quais 200 tiveram diagnóstico positivo para Influenza A / H1N1. Houve 34 mortes provocadas por H1N1 no Estado, sendo 10 em Goiânia. Apesar do número significativo, Vilela lembrou que nas últimas 4 semanas os casos de H1N1 vêm diminuindo, “sinal de que a antecipação da vacinação foi a escolha certa” (prevista para começar em 30 de abril, Goiás antecipou a campanha para o dia 12 de abril devido ao crescente do número das notificações por H1N1).
Um dado que o secretário chamou a atenção foi sobre os fatores de risco das pessoas que morreram por H1N1. Cerca de 30 tinham algum fator, como pneumonia, doenças cardiovasculares, doenças renais, obesidade, diabetes, entre outros. “Isso é um sinal de que o Ministério da Saúde acerta na escolha dos grupos prioritários, já que possuem tendência para o agravamento da doença”, destaca.
Leonardo Vilela acentua que a equipe técnica da SES-GO não tem medido esforços em efetivar as ações fundamentais para a prevenção dos casos de H1N1. Além de coordenar e oportunizar a vacinação às pessoas inseridas nos grupos de risco, a SES-GO capacitou cerca de 511 profissionais que atuam diretamente no atendimento e assegura a assistência e o tratamento específico às pessoas acometidas pela doença.
O secretário explicou ainda que uma combinação de fatores favoreceu, em 2016, o surgimento e até o aumento de casos de SRAG. O vírus, segundo ele, é mutante e nunca é o mesmo de um ano para o outro; a chegada do outono, com o fim do período chuvoso, clima mais seco e temperaturas não tão altas acabam estimulando aglomerações e favorecendo a proliferação dos vírus. Aumento do número de viagens para o exterior, descuidos com a alimentação e a higiene também tornam as pessoas mais vulneráveis. Hábitos simples, como manter ambientes limpos e arejados, beber muita água, usar lenços descartáveis e lavar as mãos (reforçando a higienização com álcool em gel) podem contribuir para a prevenção.