Hugo realiza ação de encerramento da Campanha Maio Amarelo

Hospital  promove encontro entre pacientes acidentados e motociclistas, que têm em comum a paixão por duas rodas. Uso do meio de transporte pode ser seguro e prazeroso se obedecidas as normas de trânsito

O Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), é referência no atendimento a vítimas do trânsito. O Hospital abraçou a Campanha Maio Amarelo e promoveu um encontro entre integrantes do Motoclube Metralhas Brasil e motociclistas independentes com pacientes da unidade de saúde, internados em decorrência de acidentes de trânsito com o veículo de duas rodas. As partes trocaram experiências vividas no trânsito e debateram formas de como tornar o meio de transporte mais seguro. Ambas foram orientadas pelo Detran, por meio da Gerência de Formação de Condutores e Educação de Trânsito, que distribuiu materiais informativos para elas e, também, nos leitos de enfermaria da instituição.

Para a ocasião, ocorrida na noite de quinta-feira, 30, no heliponto da unidade, o Hugo vestiu-se de amarelo para celebrar o encerramento das atividades desenvolvidas ao longo do mês, que contemplaram a campanha Maio Amarelo. A ação se faz necessária, pois os números que envolvem essa assistência são impressionantes. Somente em 2018, mais de 5.300 pessoas foram assistidas no Hugo após envolvimento em acidentes de trânsito. Em decorrência desses atendimentos, 6.134 procedimentos cirúrgicos foram realizados, sendo 27 deles para amputação. No mesmo período, 157 vidas foram ceifadas pela violência no trânsito.

Esse tipo de acidente não escolhe meio de transporte, idade ou sexo. De acordo com os atendimentos da unidade, cerca de 3.700 pacientes atendidos foram do sexo masculino e mais de 1.500 do sexo feminino, o que corresponde a 72% e 28%, respectivamente. Ambos em idade economicamente ativa, pois a faixa etária predominante nas internações vai de 15 a 29 anos. Em relação ao tipo de locomoção, 3.639 das vítimas se envolveram em acidentes com motocicletas, o que equivale a quase 70% das admissões motivadas por acidentes.

Ações

Além da ação de encerramento, outras atividades de conscientização foram realizadas durante o mês para chamar a atenção e levar mais informação a colaboradores, acompanhantes e pacientes. No início de maio, o Hugo recebeu a unidade móvel do Hemocentro, a fim de aumentar o número de bolsas de sangue em estoque. Na ocasião, integrantes do Corpo de Bombeiros e da Aeronáutica estiveram no hospital especialmente para este gesto de solidariedade. A unidade de saúde consome, em média, 700 bolsas por mês e, com frequência, vítimas de acidentes de trânsito necessitam de transfusões.

A exposição, no estacionamento próximo à Recepção Social, de um carro danificado em um acidente despertou a curiosidade de quem passou pelo local. Junto dele, um banner educativo para explicar que o cuidado é dever de todos. Um simulador de direção também ficou à disposição do público interno para quem quisesse testar, na prática, seus conhecimentos. Houve ainda distribuição de material informativo nos departamentos da instituição. A iniciativa foi realizada em parceria com o Detran.

Números Globais

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que, em 2009, cerca de 1,3 milhão de pessoas, em 178 países, perderam a vida em decorrência de acidentes de trânsito, o que corresponde a mais de 3500 por dia. Outras 50 milhões sobreviveram com sequelas. Diante disso, a Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”.

Ao trânsito, é computada a nona maior causa de mortes no mundo. Se analisado somente a faixa etária entre 15 e 29 anos de idade, passa a ser a primeira. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de U$S 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país, de acordo com a OMS. A instituição estima que, se nada for feito, quase 2 milhões de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 e, em 2030, o número salta para 2,4 milhões.

Jovana Colombo, do Haver

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