Tainá Bueno, 26, musicoterapeuta, é mãe das pequenas Maria Luiza, 2, e Maria Eduarda, 10 meses. Enquanto participava das palestras em comemoração ao Dia Internacional da Doação de Leite Humano, no Shopping Bougainville, amamentava Eduarda e ficava de olho na mais velha que brincava no chão. Ela e mais de 20 mães fazem parte do grupo de 80 mulheres ligadas ao Banco de Leite Humano do Hospital Materno Infantil (BLH/HMI) que, mensalmente, salvam a vida de recém-nascidos com a oferta de leite materno. O evento realizado nesta quinta-feira contou com palestras para mães, lanche, exposição de fotografia e uma sessão de cinema exclusiva para as mães que amamentam.

“Eu tinha boa produção de leite e o conhecimento de que a doação é primordial para os bebês prematuros ou internados. Eu sabia que poderia ajudar”, diz Tainá, que assim como outras mães fazem parte do time de guerreiras que, todos os dias, tiram uma parte do tempo para acondicionar o próprio leite e doar para quem mais precisa.

De acordo com a coordenadora do BLH, Renata Machado Leles, são captados cerca de 100 litros por mês de leite humano, que beneficiam mais de 100 bebês prematuros, de baixo peso, internados em UTIs neonatais. “Eles começam ingerindo apenas 1ml. Aos poucos vão bebendo mais e tomando força. O leite é fundamental para saúde desses bebês”, explicou.

Lara Isa, mãe de Jorge Neto, de três meses, teve dificuldade para amamentar o bebê recém-nascido. Buscou ajuda com os profissionais do Banco de Leite Humano do HMI.

O leite da mãe protege de infecções, diarreias e alergias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados, exclusivamente, pelo leite da mãe até os seis meses de vida, podendo ser estendido por até 2 anos ou mais.

A Rede Estadual de Bancos de Leite em Goiás é composta por cinco unidades, duas em Goiânia, duas em Anápolis e uma em Planaltina. Essas cidades possuem UTI neonatal, específica para o tratamento de bebês prematuros e com baixo peso.