Mãe internada no Hugo recebe visita do filho de 1 ano e amamenta o menino

Há sete dias na unidade do Governo de Goiás Dhyenny Vitória, reencontra o pequeno Levi Henrique, a quem dá colo, carinho e diminui a saudade do filho

Dhyenny mata a saudade do filho, Levi Henrique, levado ao Hugo, onde ela está internada

O choro de Dhyenny Vitória Alves, de 17 anos, é de alegria. Após sete dias internada no Hospital de Urgências de Goiás Dr, Valdemiro Cruz (Hugo), a paciente reencontrou o filho, Levi Henrique, de 1 ano, na quinta-feira (14/10), na parte externa da unidade do Governo de Goiás e amamentou o menino. A visita foi possível graças ao empenho da equipe multiprofissional do Hugo, que oferece aos pacientes um tratamento humanizado, para minimizar o sofrimento causado pela hospitalização e proporcionar vida, acolhimento e amor.

Mãe e filho nunca tinham ficado separados, e o pequeno Levi mamava exclusivamente em Dhyenny. Foi também durante esta semana que o bebê falou a primeira palavra: “mamãe”. A criança está sob os cuidados da avó materna, Tânia Cristina. “Não tem sido fácil. O Levi sente muita falta da mãe, e à noite piora. Ele mama no peito e só ontem (quarta-feira) ele aceitou pegar a mamadeira. Todos os dias, faço chamada de vídeo, mas, às vezes, fica pior, porque eles choram muito. Meu coração de ‘vó’ fica apertado. Toda família sofre junto com essa distância”, disse.

Para realizar esse acolhimento para mãe e filho, a unidade se mobilizou para garantir segurança e conforto. Foi realizada uma avaliação com a equipe assistencial, e a psicóloga Mônica Lelis e a assistente social Cristiane Vasconcelos acompanharam a Dhyenny durante a visita. “A família e o bebê não tiveram contato com área assistencial da unidade”, explica Mônica. A psicóloga reitera que a paciente foi orientada pela enfermagem sobre como tomar o banho e lavar a mama para poder amamentar.

Emocionada, Dhyenny revela que, à noite, a saudade aumenta. “Eu estava com crise de ansiedade,  por não poder ver o Levi. Tive que pedir ao médico um remédio para poder dormir, pois passo a noite chorando. Foi muito bom poder ver meu filho, pegar ele no colo, acariciar e amamentar”, comemora.

De acordo com Mônica Lelis, a ligação de mãe e filho é muito forte, e a separação causa sofrimento para ambos. “Com a visita humanizada, minimizamos esse sofrimento. Estamos aqui para cuidar da paciente como um todo, nas suas necessidades físicas e emocionais”, destaca.

Dhyenny deu entrada no Hugo no dia 7 de outubro, vítima de um acidente de trânsito. Ela passou por cirurgia na perna direita e está internada na enfermaria. Ainda não há previsão de alta.

Julianna Adornelas (texto e foto)/INTS

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